“É com uma peça inquietante, oscilante que abrimos, em setembro, a nossa temporada. Mal a li, quis fazê-la. Sim, ‘O Rio’, de Jez Butterworth, é uma peça que me assombra, com fantasmas, mulheres mortas, desafios vitais, ‘o que é isso de amar?’ e peixe no forno. Ai de quem torcer o nariz a esta peça tão secreta, ai!”, afirma Silva Melo, no mesmo comunicado.
A peça estreia-se no dia 14 de setembro, com Rúben Gomes, Inês Pereira, Vânia Rodrigues e Maria Jorge, e estará em cena até 22 de outubro.
“O novo dancing elétrico”, do dramaturgo irlandês Enda Walsh, com Andreia Bento, Antónia Terrinha, Isabel Muñoz Cardoso e Pedro Carraca, também numa encenação de Jorge Silva Melo, é a peça que se segue no palco da politécnica, de 09 de novembro a 17 de dezembro.
Segundo Silva Melo, o próprio dramaturgo afirma que este “O novo dancing elétrico” é “a resposta que fez à sua obra-prima, ‘A farsa da rua W.'”.
Deste autor, Enda Walsh, os Artistas Unidos já montaram cinco peças, recorda o encenador, que se refere ao dramaturgo como “amigo de sempre”
Nesta peça “lá vem ele com as suas casas fechadas, histórias obsessivas, vontade de fugir, tristezas deste mundo, gente pobre mas mesmo pobre, estas irlandesas sem Bernarda Alba, mas com Patsy o Peixeiro, tanto sexo, que vergonha, que ardor”.
Paralelamente, realizam-se, na sala das Janelas, as exposições de João Jacinto, “Tremendo, entre mortos”, de 14 de setembro a 22 de outubro, e de Nikias Skapinakis, de 09 de novembro a 17 de dezembro.
Sérgio Pombo expõe nesta mesma sala, mas já em 2017, de 11 de janeiro a 25 de fevereiro.
Os Artistas Unidos abrem o próximo ano com “A estupidez”, do argentino Rafael Spregelburd, peça encenada por João Pedro Mamede, com Andreia Bento, António Simão, David Esteves, Guilherme Gomes e Rita Cabaço.
Esta peça - demonstração do "barroco delirante de Rafael Spregelburd” -, estará em cena no Teatro da Politécnica, de 11 de janeiro a 25 de fevereiro.
No dia 18 de janeiro, estreia-se “a mais lírica das peças de Tennessee Williams”, “A noite da iguana”, no Teatro Municipal São Luiz, em Lisboa, onde estará em cartaz até 05 de fevereiro, seguindo para o para o Teatro Nacional S. João, no Porto, onde estará em cena de 09 a 26 de fevereiro.
A peça, encenada por Jorge Silva Melo, conta com os desempenhos de Nuno Lopes, Maria João Luís e Joana Bárcia, nos papéis principais
A companhia tem apresentado, em anteriores temporadas, peças do dramaturgo norte-americano, designadamente, “Gata em telhado de zinco quente”, “Doce pássaro da juventude” e, mais recentemente, “Jardim zoológico de vidro”.
No plano editorial, os Artistas Unidos contam editar, em novembro, na coleção “Livrinhos do Teatro”, “Morte de um caixeiro-viajante”, do norte-americano Arthur Miller, na chegada ao 100.º volume.
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