
O evento, promovido pela Câmara de Évora, tem como objetivos “promover e divulgar a criação e o trabalho artístico de mulheres e de expressões do feminino”, assim como “promover e praticar o livre acesso à cultura”, indicou hoje a organização.
Este “encontro de formas de arte com olhar e voz femininos” parte do princípio de que “todos os criadores, produtores de arte ou artistas, que seguem uma sensibilidade e um senso ditos femininos, sejam mulheres ou homens, devem usufruir de total liberdade e igualdade”, sublinhou o município.
Segundo a câmara, além de “a sensibilidade feminina nas artes” ser o mote do festival, “outras questões culturais e sociais relacionadas com a mulher, enquanto criadora e produtora artística”, vão ser abordadas, sob várias perspetivas, como “os seus direitos” ou “as desigualdades de que é alvo”.
Ao longo dos cinco dias de programação, em diversos “palcos”, o certame, cuja 1.ª edição foi realizada no ano passado, inclui artes visuais, cinema, contos, conversas, música ou teatro.
A projeção do filme “Mulheres do meu país”, de Raquel Freire, é um dos destaques do dia inaugural, a 4 de março, no Auditório Soror Mariana, com o apoio da SOIR Joaquim António D’Aguiar, segundo a organização.
Para o dia seguinte, na Igreja de São Vicente, estão previstas uma conversa sobre o tema “Ser Mulher na Sociedade e na Cultura”, com várias convidadas, e uma sessão de leitura de poesia erótica, por Elisabete Piecho, com poemas recolhidos da obra “Antologia de Poesia Portuguesa Erótica e Satírica”, de Natália Correia.
O teatro de marionetas, com o espetáculo para famílias “A Árvore Cantada”, interpretado por Cátia Vieira, da Companhia Bipolar, vai subir ao palco da Sociedade Harmonia Eborense (SHE), no dia 6, com a Igreja de S. Vicente a receber um showcase da cantora marroquina Soukaina Fahsi e um concerto da moçambicana Lenna Bahule.
A sessão de contos “É pró Menino e prá Menina”, com Susana Cecílio, na Associação é Neste País, e a representação da peça “(M)arço (M)ulher SHE 2020”, do Teatro do Oprimido e da autoria de Cláudia Lazaro, na Igreja de São Vicente, são propostas para dia 7 de março.
O penúltimo dia do festival é também “recheado” de outras iniciativas, como a inauguração da instalação “Eu, Elas, Nós”, da autoria da artista de artes visuais Anabela Calatroia, que conta com a participação de associações culturais, escolas secundárias e outras instituições locais.
O showcase intitulado “O lado de dentro”, de Joana Ricardo e Mariana Correia, e a atuação da artista brasileira Bia Ferreira, na Igreja de S. Vicente, bem como o concerto de Momma T, de Portugal, na SHE, completam a programação de dia 7.
O encerramento do Artística Festival 2020, no dia 8, vai estar a cargo de Joana Amendoeira, protagonista do espetáculo “Amália – A alma do fado”, na Igreja de S. Vicente, destacou a organização.
Comentários