Pela primeira vez a acontecer em dois países – Portugal e Espanha - a bienal decorrerá entre 10 de setembro e 26 de outubro em vários espaços culturais da duas capitais, revelou fonte da organização contactada pela agência Lusa.

Com uma programação habitualmente experimental e heterogénea, o certame decorreu na última edição em Lisboa e Faro, no Algarve, com mais de 30 artistas que apresentaram criações em diversos espaços culturais sob o mote “Presente Invisível”.

A bienal realiza-se a cada dois anos nas áreas das artes performativas, visuais, música e cinema, e, paralelamente, organiza debates e oficinas em museus, teatros, galerias de arte e equipamentos patrimoniais, sob a direção artística de John Romão.

A BoCA apresentou na segunda-feira, no Jardim de Inverno do São Luiz Teatro Municipal, a sua primeira publicação, "Bienal de Artes Contemporâneas - Onde a travessia é possível".

Trata-se de um livro sobre o balanço dos dez anos de atividade transdisciplinar da bienal, desde o seu lançamento, em 2015, segundo um comunicado hoje divulgado pela organização.

Sobre a realização da edição deste ano também além fronteiras, John Romão, encenador, programador cultural e curador, citado no texto, comenta: “A ponte ibérica que a BoCA começa a construir em 2025, com a próxima edição da bienal a ter lugar entre várias instituições culturais de Lisboa e Madrid, é a continuação desse trabalho colaborativo e o resultado, não só do nosso trabalho, mas também da confiança e das relações que cultivamos com artistas e instituições”.

Na edição anterior, as criações encomendadas, produzidas ou coproduzidas pela BoCA abordaram temas como os movimentos migratórios, apagamentos históricos, extrativismos e as violências racial e de género, com o objetivo de “provocar, refletir e fazer agir, tomando outras consciências sobre o mundo”.

O tema e a programação completa da 5.ª edição da BoCA serão divulgados em breve pela organização.