Em 2018, a quarta edição do festival promete explorar durante mais dias novas geografias da cidade e proporcionar experiências raras à comunidade, através de concertos, jantares em casas particulares, exposições, oficinas, festas e outras iniciativas em espaços públicos e privados.

"O festival A Porta é um organismo vivo, em constante mutação. Não é um projeto estanque. Se as pessoas mudam, se a cidade muda, se o mundo vai mudando, se tudo muda, é normal que o festival queira olhar para o mapa da cidade e desafiar e propor coisas", afirmou à agência Lusa Guilherme Garrido, do coletivo Meia Dúzia e Meia de Gatos Pingados, que organiza o festival.

A Porta, que nasceu para dar vida a zonas esquecidas da cidade, vai estender-se ao longo do rio. Uma das novidades mais significativas é a transferência da Casa Plástica, uma exposição coletiva, da rua Direita para o antigo edifício da EDP, que receberá no futuro o Museu da Indústria.

"Não somos apologistas da quantidade acima da qualidade" e, por isso, "temos vindo a crescer devagarinho aqui e a ali", nota o organizador.

A extensão a uma nova zona vai permitir dinamizar o Jardim da Vala Real: "E vamos ter também uma parceria com o Teatro José Lúcio da Silva, para proporcionar a apresentação do novo álbum de Dead Combo. É um salto enorme para o festival", diz Guilherme Garrido.

A programação, "transversal a todos os públicos", continua a chegar ao Jardim Luís de Camões, ao Parque do Avião, a casas privadas que abrem as portas para jantares entre desconhecidos e, também, à rua Direita (o nome popular da rua Barão de Viamonte), que motivou o arranque.

"Na primeira edição contámos 19 espaços vazios na rua Direita, lojas que podiam acolher ‘workshops’, exposições e outra programação. Neste momento há muito poucos espaços vazios. Não estou a dizer que A Porta seja responsável por isso, mas deixa-nos muito contentes", afirmou Guilherme Garrido.

A nível musical, destaque entre os nomes anunciados é Bonga. "Queremos subir um bocadinho o patamar e afirmar-nos como projeto âncora de índole cultural na região centro. Isso também passa por desafiar e concretizar sonhos. É fantástico o Bonga vir cá. É o rei! É um sonho meu a vinda do Bonga", assume o organizador de um festival que, musicalmente, "vai dos sembas e funánás ao rock'n'roll".

"Queremos não só apresentar trabalho regional, local e nacional nas mais diversas áreas, mas também proporcionar ao público uma série de experiências que, ‘a priori’, não são tão rapidamente repetíveis, como um concerto de Bonga", sublinha.

Guilherme Garrido explica que, no fundo, a premissa da organização que faz A Porta é "fazer acontecer": "Temos vindo a dar passos para o bem de Leiria, da região e do público. Queremos tornar a cidade mais ativa, com brio, transversalidade, com abertura para tudo".

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