Com edição da Lovers & Lollypops e da Hatsize, o disco segue-se a “West”, lançado em 2016, e foca-se numa “celebração” de influências e experiências dentro do ‘punk’, uma “escola eterna”, explicou à Lusa o guitarrista e vocalista da formação, Gonçalo Formiga.

A apresentação ao vivo está marcada para 28 de setembro, no Maus Hábitos, no Porto, um dia antes de Lisboa, na Galeria Zé Dos Bois, num formato “um bocado mais livre em que há momentos para alterar coisas”, uma flexibilidade que permite não ter um registo tão próximo do de estúdio.

Seguem-se atuações no Arco 8 em São Miguel, nos Açores, a 13 de outubro, sete dias antes de novo concerto no Club Vila Real, seguindo-se o Carmo 81 (Viseu), a 10 de novembro, o Salão Brazil (Coimbra), no dia 24, e, a 08 de dezembro, o Stereogun, em Leiria.

A par das datas nacionais, a que ainda serão acrescentadas mais atuações, o grupo tem já acertada uma ‘tour’ europeia, “em novembro, passando por Espanha, França, Alemanha, Polónia e Itália”.

O disco, do qual já surgiram faixas tocadas ao vivo em concertos anteriores, incide numa reflexão sobre o ‘punk’ e o que a banda foi recolhendo dentro do género, da experiência acumulada como artistas às influências.

Além das “músicas que vão surgindo sempre” e que vão fazendo parte do novo trabalho, o álbum “é quase uma colagem, em todos os sentidos, da arte da edição às músicas e experiências”, ainda que inclua também “outras coisas criadas de raiz”.

Assim, o disco foi construído “em torno de uma celebração de todas as influências, bandas e artistas” que inspiraram o grupo a criar “Punk Academics”, álbum de onde já saíram dois ‘singles’, “Special Diners” e um outro homónimo.

“É a questão da escola eterna [do ‘punk’]. Felizmente, sempre sentimos liberdade para lançar um disco, e termos pessoas que querem saber, mas podermos fazer o que queremos sem qualquer tipo de filtro. [‘Punk Academics’] tem a ver com essa mentalidade e escola, do que fomos lendo e ouvindo e aprendendo sobre a música de que gostamos”, analisou.

Por outro lado, “há também uma graduação, no sentido de finalizar isto como um objeto do que aconteceu”, com a música “Punk Rock Academy”, de Atom and His Package, entre as influências para o título do disco.

Outro dos destaques da banda no novo registo de estúdio é a inclusão de um novo membro, Zé Maldito, que já fazia parte dos espetáculos ao vivo, mas teve a oportunidade de se juntar a Gonçalo Formiga, Ricardo Mendes (bateria e vocais) e Pedro Zina (baixo, guitarra, vocais, piano) na formação.

O trio passou a quarteto “logo após a gravação do último álbum” e o novo elemento traz várias possibilidades “no que toca a colagem e montagem, ao uso de ‘samples’, teclados e quatro pistas”.