A iniciativa, explicou o Centro Dramático de Évora (Cendrev), vai ter lugar no centenário Teatro Garcia de Resende e realiza-se no âmbito do Circuito Ibérico de Artes Cénicas, com o envolvimento de companhias dos dois lados da fronteira.

O ciclo arranca na segunda-feira, às 21h30, com a companhia Hiperbólicas Producciones, oriunda de Sevilha, que vai apresentar “La Confesión”, da autoria de Antonio Hernández Centeno.

A peça passa-se a 17 de julho de 2018, quando “a seleção espanhola acaba de ganhar o Mundial de Futebol” e decorre festa nas ruas, mas a polícia prende uma jovem “acusada de colaborar com uma célula jihadista que pretende atacar os jogadores durante os festejos”.

Segundo a sinopse, a comissária Manuela Ibáñez tenta obter uma confissão, mas é o inspetor Roberto Espinosa, especialista em grupos terroristas, que entra em cena e obtém “uma confissão final avassaladora”.

No dia seguinte, às 19h00, sobe ao palco “Medea, la extranjera”, de Etelvino Vázquez, pelo Teatro del Norte, de Lugones, na região das Astúrias, de acordo com o programa divulgado pelo Cendrev.

“Medeia é uma história de amor, ou melhor, o reverso negro de uma história de amor que está a acontecer agora. Todos nós, em algum momento das nossas vidas, fomos Jasão ou Medeia. Ou talvez Jasão e Medeia simultaneamente, porque o amor, então e agora, torna-nos absurdamente vulneráveis e estupidamente cruéis”, resumiu a organização.

Na quarta-feira, às 19h00, está prevista a apresentação de “Amalia y el rio”, de Agustín Iglesias, pelo Teatro Guirigai, companhia de Los Santos de Maimona, da região da Estremadura espanhola.

O espetáculo “é um relato vivo protagonizado por uma mulher contrabandista no pós-guerra civil espanhola”, baseado na história real de Antonia La Lirina. A história passa-se na fronteira da Estremadura com Portugal, entre Olivença e Badajoz.

O Tranvía Teatro, de Saragoça, leva a Évora, na quinta-feira, à mesma hora, a peça “El jardín de Valentín”, de Cristina Yañéz.

O espetáculo retrata dois palhaços que “enfrentam perigos com a inquietação que a solidão produz”, mas para os quais “o jardim de Valentín é o lugar perfeito, onde podem expor as suas fantasias, ilusões e desejos, sabendo que o fim é apenas o começo”.

“Quem se chama Saramago”, de Cristina Díaz Silveira e Rui Díaz Correia, é a peça escolhida para encerrar o Ciclo de Teatro Espanhol, na sexta-feira, às 21h30, numa coprodução da companhia portuguesa Teatro das Beiras, da Covilhã e da espanhola Karlik Danza Teatro, de Cáceres, na Estremadura.

Trata-se de “uma meditação sobre o erro, uma visão sossegada do universo do escritor português em que se confrontam as diferentes fases da sua vida com os livros que as prepararam ou que foram sua consequência”.

O Circuito Ibérico de Artes Cénicas, lembrou o Centro Dramático de Évora, visa “desenvolver as relações teatrais no espaço ibérico, contribuindo, dessa forma, para aproximar estas duas realidades”, através de um maior conhecimento da produção teatral dos dois países.

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