O organista sueco está em Portugal desde quinta-feira passada, tendo atuado nas igrejas de N.S. do Cabo, em Linda-a-Velha, e na do Mosteiro dos Jerónimos e orientou também uma ‘masterclass’ sobre Olivier Messiaen (1908-1992) para os alunos da classe de órgão da Escola Superior de Música de Lisboa.

O organista apresentou programas diferentes e em S. Vicente de Fora toca no âmbito do VI Ciclo do Órgão Histórico deste templo católico, iniciado em abril passado.

Hoje além de peças do "Voigtländer Tabulatur", como "Gleichwie das feuer" e "Paduana lachrymae", de Melchior Schildt, "Englische nascarada oder judentanz", de Heinrich Scheidemann, e "Engellischer Mascharada", de Johann Rudolph Radeck, interpreta também composições do "Livre d’orgue de Montréal", maioritariamente dos séculos XVII e XVIII.

O órgão de S. Vicente de Fora é de tipologia ibérica, construído por João Fontanes, há mais de 250 anos.

Hans-Ola Ericsson, de 57 anos, é um concertista de renome mundial", atualmente organista e professor na Universidade McGill, em Montreal, no Canadá, estudou música em Estocolmo e Friburgo e, mais tarde, nos Estados Unidos e em Itália, disse à Lusa o organista António Esteireiro.

“Tem intensa atividade como organista de concerto, compositor e pedagogo”, assinalou Esteireiro, acrescentando que “deu concertos por toda a Europa, bem como no Japão, na Coreia do Sul, no Canadá e nos Estados Unidos", e, entre muitas das suas gravações, destaca-se uma "completa, muito bem recebida, da integral da música para órgão de Messiaen”.

Em 1988, foi nomeado professor na Escola de Música da Universidade de Tecnologia Piteå/Luleå e, desde 2011, é também professor e organista da Schulich School of Music, na Universidade McGill, em Montreal.

Em 1996, Hans-Ola Ericsson foi nomeado professor convidado permanente na Universidade das Artes (Hochschule für Künste), em Bremen, Alemanha. Na primavera de 2000, foi nomeado membro da Real Academia Sueca de Música.

“Em anos recentes, várias obras de Ericsson têm sido estreadas, nomeadamente, uma ópera sacra, várias obras para órgão e eletrónica, uma peça para orquestra de câmara e obras para coro", lembrou António Esteireiro.