Tó Trips (guitarrista, metade dos Dead Combo) e João Doce (percussionista dos Wraygunn) começaram a tocar juntos quando o primeiro foi apresentar ao vivo a Esmoriz, onde vive o segundo, “Guitarra Makaka – Danças a um Deus Desconhecido”, álbum a solo que editou em 2015.

Nessa altura, Tó Trips andava a tocar sozinho, mas “andar na estrada sozinho” é algo de que não gosta muito de fazer, então convidou João Doce, que já conhecia há vários anos, a juntar-se a ele, contou o guitarrista em declarações à Lusa.

Em 2016, gravaram juntos “Sumba”, um EP editado no âmbito do Record Store Day e andaram “por aí a tocar” em dupla.

Entretanto, decidiram gravar um álbum, mas como Tó Trips achava que só os dois já não iam “a muito lado”, desafiaram o saxofonista Gonçalo Prazeres e o contrabaixista Gonçalo Leonardo a tocarem com eles.

Como o nome Tó Trips e João Doce já não funcionava, batizaram a banda, que tem “um lado rock, mas também bastante ‘world music’, árabe, Norte de África”, de Club Makumba.

O álbum acabou de ser gravado “na semana passada, só falta misturar”. A ideia é que seja editado “em março ou abril”, mas primeiro é preciso “procurar uma editora”.

Embora ainda esteja por editar, o álbum será apresentado ao vivo hoje, pelas 22:20 na Garagem da EPAL, perto dos Restauradores, no âmbito do festival Super Bock em Stock.

A possibilidade de se apresentarem ao vivo no festival surgiu de um convite do músico Paulo Furtado (The Legenday Tigerman) responsável pela curadoria daquele palco hoje, primeiro dia do festival. Além dos Club Makumba, Paulo Furtado convidou também a harpista espanhola, radicada no Porto há alguns anos, Angélica Salvi.

Nos últimos anos, o trabalho de Tó Trips tornou-se conhecido do grande público sobretudo através dos Dead Combo (dupla que formou em 2003 com Pedro Gonçalves), que em outubro anunciaram o fim da carreira.

Os Club Makumba não são a substituição dos Dead Combo, apenas “mais um projeto que já existia” na música do guitarrista.