O festival para “ver e ouvir a nova música e nova arte numa experiência de intensa intimidade coletiva” realiza-se nos dias 21, 22 e 23 de setembro naquele espaço, que a organização considera, num comunicado hoje divulgado, “provavelmente um dos sítios mais incríveis no mundo para se fazer um festival”.

As duas primeiras edições do Iminente em Portugal decorreram em setembro de 2016 e de 2017 no Jardim Municipal de Oeiras, sempre com lotação esgotada. Em julho do ano passado o festival chegou a Londres.

Nesta edição, o alinhamento, que junta artistas individuais e coletivos, entre músicos, DJ, produtores, designers, ilustradores e artistas visuais, foi “feito para alargar ainda mais os horizontes, mais internacional mas sempre com a tónica na diáspora artística da lusofonia”.

O alinhamento de artistas, cuja arte “vai continuar a ocupar o espaço como se tivesse lá estado desde sempre”, inclui repetentes no festival como os portugueses Miguel Januário (com o projeto ±maismenos±), Alexandre Farto (Vhils) e Wasted Rita, para além de estreantes, como a dupla espanhola Pichiavo, o francês de origem portuguesa André Saraiva, o angolano Francisco Vidal e os portugueses Ricardo Jacinto, Pedro Gramaxo e o coletivo FAHR 021.3.

Do cartaz musical fazem parte, entre muitos outros, os norte-americanos DJ Maseo, dos De La Soul, e o rapper Havoc, metade dos Mobb Deep, o cantor angolano Bonga, o músico sírio Omar Suleyman e os portugueses Conan Osíris, Octa Push, Keso, Valete, Gisela João, Fogo Fogo, Norberto Lobo, Sara Tavares, Napoleão Mira, Carlão, Nídia, DJ Glue e Marta Ren & The Groovelvets.

A organização alerta que este ano “não dá para ir de carro” ao festival, “mas dá para ir de ‘shuttle’ (a Carris vai ajudar), ou de bicicleta, ou a pé”.

Os bilhetes estarão à venda a partir de 4 de setembro, às 16:00, e são limitados a 4.500 por dia. Os bilhetes para esta edição custam dez euros, nas anteriores custavam cinco, e, à semelhança das outras edições, não há passes para os três dias.

Nesta edição, o Iminente, com curadoria de Vhils, da plataforma Underdogs e das editoras Enchufada, Príncipe e Versus, é coorganizado com a Câmara Municipal de Lisboa.

O Panorâmico de Monsanto, construído no Parque Florestal de Monsanto em 1968 e que permite uma vista panorâmica sobre Lisboa, está abandonado desde 2001, ano em que encerrou o restaurante que ali funcionava.

Ao longo dos anos, e apesar da degradação, o edifício foi sendo utilizado por muitos como miradouro.

Há um ano, a Câmara de Lisboa realizou no espaço trabalhos de limpeza e de colocação de gradeamentos e execução de emparedamentos para possibilitar o acesso e a circulação de pessoas em condições de segurança.

Em setembro do ano passado, o espaço passou a ser um miradouro oficialmente reconhecido, com horários de abertura e encerramento.