Weissert bateu o francês Jérémy Garbarg, do Conservatório Nacional de Música e Dança de Paris, e a austríaca Hyazintha Andrej, da Universidade das Artes de Zurique, numa atuação sob o maestro Pedro Neves em que interpretou o Concerto para violoncelo e orquestra em Mi menor de Edward Elgar.

A escolha foi ditada pelo júri constituído pelos violoncelistas Marc Coppey, Maria de Macedo, Nikolay Gimaletdinov, Paulo Gaio Lima, além do maestro Pedro Neves, atribuindo oito mil euros à violoncelista, que tem ainda o convite de ser solista da Sinfónica na próxima temporada.

A sexta edição contou com sete jovens talentos do violoncelo de escolas europeias, tendo como finalistas Weissert, Garbarg, que tocou o Concerto para violoncelo e orquestra de Dvorák, e Andrej, que escolheu o Concerto de Schumann.

Em entrevista à Lusa antes da final, a israelita destacou já ter participado em “muitas competições”, algo “muito stressante”, num momento em que admitiu que “seria uma grande honra ganhar o prémio”, que a ajudaria “a ter mais concertos”.

“É de certeza um dos maiores concertos da minha vida. Conheço a Sinfónica e estou muito ansiosa, é um grupo ótimo e de certeza a melhor orquestra com quem já toquei”, referiu então Weissert, que esteve em Portugal com outro grupo em 2012, no Harmos Festival, também no Porto.

Nascida em 1994 e praticante de violoncelo desde os sete anos, Elia começou no Conservatório de Jerusalém antes de estudar em Berlim e na Bélgica, acumulando no Conservatório o estudo de canto lírico, desde 2018.

Apresenta-se frequentemente em concertos a solo ou com o pianista Josquin Otal e já venceu vários concursos, como o Prémio Kopf Röh, na Alemanha, tocando num violoncelo de Jean-Baptist Vuillaume de 1833.