Tendo por mote “O comum em tempos de confusão”, o MEXE volta a desdobrar-se entre exposições, debates, cinema, teatro, dança e concertos, entre outras expressões, com um “lugar especial” reservado a África, América Latina e sul da Europa.

No Jardim de São Lázaro estará instalado o Mexe Praça, um “ponto de encontro” com vários concertos, que será palco do espetáculo de abertura, “ilha-jardim”, criado pela estrutura do Porto PELE, para ensaiar “novas formas de habitar o espaço de vizinhança”.

Em Serralves, a coletiva Ocupação terá uma conversa e uma oficina para crianças e jovens, depois de apresentar “Quando Quebra Queima”, sobre o movimento ‘secundarista’, enquanto o Coletivo Suspeito apresenta instalações na estação de metro da Trindade e de comboios de Campanhã.

O festival, que sai às ruas do Porto de dois em dois anos, também vai focar-se na criação artística africana, com uma programação que, para o diretor artístico do festival, Hugo Cruz, é "difícil de chegar e de circular em Portugal".

O dançarino tanzaniano Samwell Japhet vai colocar o abuso sexual de crianças sob o holofote, na estação de metro da Trindade, a 20 de setembro, sexta-feira, através da 'performance' de dança a solo "Children of The New World", no mesmo dia em que António Bukhar Ssebuuma e Faiza M. Ddamba vão fazer do "espaço vazio" do Teatro Carlos Alberto um "lugar para criatividade", com o espetáculo "Empty the Space".

Este é um de três espetáculos do MEXE naquele espaço gerido pelo Teatro Nacional São João, além de “Synectikos”, dos espanhóis Coletivo Lisarco, e “Isto É Um Negro?”, de EQuem ÉGosta (Brasil), que podem ser vistos no encontro que prossegue até domingo.

O programa do MEXE, que vai estender-se a mais de 20 locais do Porto, também tem por objetivo estimular o pensamento da audiência através de ações como o Encontro Internacional de Reflexão sobre Práticas Artísticas Comunitárias (EIRPAC), coorganizado com nove universidades portuguesas, que vai reunir mais de cem investigadores da área, entre 16 e 18 de setembro.

Construído em colaboração com os cidadãos, o MEXE também tem o objetivo de envolver a comunidade no festival, através de ações como o projeto "Viajar no tempo dos outros: Fontainhas", em que moradores da zona vão lançar o público numa viagem.

Segundo a organização do MEXE, esta edição do festival tem um orçamento que ronda os 91.000 euros, tendo a Direção-Geral das Artes (DGArtes) contribuído com cerca de um terço dessa quantia.

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