O escritor português irá receber o galardão numa cerimónia a 06 de julho deste ano, em Freixo de Espada à Cinta, no âmbito do encerramento das cerimónias do centenário da morte de Guerra Junqueiro (1850-1923), revelou Avelina Ferraz, curadora do prémio, contactada pela agência Lusa.
Destinado a distinguir escritores dos nove membros dos Países de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), o prémio contemplou ainda José Luís Mendonça (Angola), Cida Pedrosa (Brasil), Daniel Medina (Cabo Verde), Odete Costa Semedo (Guiné-Bissau), Laureano Nsue Nguema Mibuy (Guiné-Equatorial), Paulina Chiziane (Moçambique), Inocência Mata (São Tomé e Príncipe) e José Ramos Horta (Timor-Leste).
O galardão pretende ser "um instrumento de discussão para o aprofundamento das relações interculturais entre os diversos territórios e povos lusófonos, tecendo uma rede de neurónios ligados por uma língua comum", sublinhou a curadora Avelina Ferraz à Lusa.
"O objetivo é ser um elemento integrador, que ajude a fortalecer laços culturais, promover a cooperação entre os países e povos de língua portuguesa, tradução de obras, troca de conhecimentos e experiências, contribuindo para a preservação e valorização da identidade lusófona", acrescentou.
De acordo com Avelina Ferraz, na cerimónia do anúncio dos laureados de 2023, que hoje decorreu no distrito do Porto, foi entregue o prémio de 2022 - anteriormente anunciado - à escritora são-tomense Conceição Lima, que se encontra em Portugal.
Promovido no âmbito do Freixo Festival Internacional de Literatura (FFIL), o Prémio Literário Guerra Junqueiro realiza-se desde 2017 em Freixo de Espada à Cinta, terra natal de Guerra Junqueiro (1850-1923), e vila anfitriã do prémio, em Portugal.
O Prémio Literário Guerra Junqueiro foi alargado em 2020 à Lusofonia, com o Prémio Literário Guerra Junqueiro Lusofonia.
A primeira edição do Prémio Literário Guerra Junqueiro distinguiu Manuel Alegre (2017), seguindo-se Nuno Júdice, em 2018, José Jorge Letria, em 2019, Ana Luísa Amaral, em 2020. Em 2021, em Portugal, o prémio foi atribuído a Hélia Correia.
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