O festival francês foi criado em 1988 pela associação que lhe dá nome, no sudoeste de França, no âmbito do centenário do nascimento do político europeísta Jean Monnet (1888-1979). A associação visa a promoção da literatura e da leitura europeias, através de vários eventos públicos, entre eles o festival literário.
Nuno Gomes Garcia é o autor dos romances “O Dia em que o Sol se Apagou”, que foi finalista do Prémio LeYa em 2014, e “O Homem Domesticado”, publicado em 2017.
Gomes Garcia foi selecionado a partir dos autores que se candidataram a uma residência literária, intitulada Jean Monnet, em Cognac, promovida pelo festival.
Segundo a editora portuguesa, “está prestes a chegar às livrarias francesas a edição de ‘O Homem Domesticado’, que terá como título ‘La Domestication’, publicado na Collection iXe'prime, das Éditions iX, traduzida do português por Clara Domingues”.
“A história do romance fala-nos de um tempo em que uma tal Marine alcançou o poder, dando início a uma nova era, em que a sociedade vai-se progressivamente desumanizando ao ponto de os conceitos de amor e amizade deixarem de fazer sentido. As mulheres tornaram-se senhoras do mundo e submeteram os homens à condição de escravos”, segundo a editora.
O romance chega aos franceses num contexto político concreto, o da 2.ª volta das eleições presidenciais em França, cujos candidatos saídos da 1.ª volta são o Presidente cessante, Emmanuel Macron, 44 anos, do partido Em Marcha, e Marine Le Pen, 53 anos, da Frente Nacional.
Nuno Gomes Garcia nasceu em 1978 em Matosinhos, é estudante de História e Arqueologia, e residente em Paris “há vários anos”.
Portugal está em foco na edição deste ano do festival, realizando-se hoje, também na cidade francesa da região da Nova Aquitânia, duas conferências sobre o país: “Portugal entre o Atlântico e a Europa”, por Yves Léonard, e “Descoberta da Literatura Contemporânea Portuguesa e a Seleção do Prémio de Leituras”, por Michel Chandeiregne.
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