Com esta vitória, Maggie O’Farrell deixa para trás outras fortes candidatas, como Bernardine Evaristo, com “Rapariga, Mulher, Outra” (vencedor do Prémio Booker e de duas categorias do British Book Awards), e de Hilary Mantel, com “O espelho e a luz”, de Hilary Mantel (que também foi finalista do Booker), foi hoje anunciado.

As outras obras finalistas ao Women’s Prize for Fiction, galardão que assinala 25 anos, foram “Dominicana”, de Angie Cruz, “A Thousand Ships”, de Natalie Haynes, e “Weather”, de Jenny Offill.

Para Martha Lane Fox, presidente do júri, “Hamnet” é um trabalho de ficção “verdadeiramente fantástico” e um “excecional vencedor”.

Esta obra “expressa algo de profundo sobre a experiência humana, que parece ser tanto extraordinariamente atual como duradouro", acrescentou.

“Hamnet” é uma história fictícia inspirada na morte do filho do dramaturgo inglês Shakespeare, o único rapaz, de nome Hamnet, que morreu aos 11 anos, de causa desconhecida, e cuja morte se acredita ter inspirado o pai a escrever “Hamlet”.

O oitavo romance de Maggie O’Farrell é um estudo sobre o luto, que começa com a morte de Hamnet e mergulha depois na relação entre a mãe, Agnes, e o pai, o famoso poeta e dramaturgo britânico.

Maggie O’Farrell tem cinco livros publicados em Portugal, o último dos quais editado pela Elsinore em 2018, um conjunto de histórias que relatam encontros com a morte, intitulado “Estou viva, estou viva, estou viva”.

O júri deste ano era ainda composto pelas autoras Scarlett Curtis, Melanie Eusebe, Viv Groskop e Paula Hawkins.

Dirigido pela romancista Kate Mosse, o Women’s Prize for Fiction tem por objetivo reconhecer a ficção escrita por mulheres em todo o mundo.

Criado em 1992, em Londres, capital britânica, por um grupo de homens e mulheres jornalistas, críticos, agentes, editores, bibliotecários e livreiros, o prémio foi uma resposta ao facto de, no ano anterior, a lista de finalistas do prestigiado prémio literário Booker Prize não ter incluído uma única mulher.

Aliás, em 1992, apenas dez por cento das finalistas ao Booker Prize tinham sido mulheres.

A residência ou o país de origem não são critérios de elegibilidade para o Women’s Prize for Fiction, que celebra a criatividade feminina.

A vencedora recebe um prémio monetário no valor de 30 mil libras (perto de 33 mil euros).

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