“A Direção Geral da Saúde recebeu hoje da direção da Festa do Avante! o Plano de Contingência para a iniciativa. O documento irá ser analisado tecnicamente nos próximos dias”, lê-se na nota.

O PCP anunciou hoje que vai limitar a entrada na sua anual Festa do "Avante!" a um terço da capacidade total, ou seja, para cerca de 33 mil pessoas, em virtude do contexto de pandemia de COVID-19.

O espaço de 30 hectares das Quinta da Atalaia e do Cabo da Marinha, na Amora, vai assim proporcionar cerca de nove m2 para cada militante ou visitante, entre 4 e 6 de setembro.

Em comunicado, os comunistas, que têm estado em ligação com a DGS nos preparativos para o seu 44.º certame, garantem “toda a responsabilidade” e “condições” para o “usufruto em tranquilidade e segurança”.

“O número de presenças em simultâneo na festa será de um terço da capacidade licenciada (100 mil), assegurando que os 300 mil m2 postos à disposição dos visitantes significam que cada um pode usufruir de uma área superior à que está estabelecida para a frequência de praias e que, em regra, será o dobro daquela que está fixada para espaços similares (no caso, espaço ao ar livre)”, lê-se.

Os responsáveis do PCP sublinham a adoção de medidas excecionais como a “disponibilização de materiais de higienização, do adequado funcionamento de espaços de restauração ou de regras de distanciamento físico nas diversas atividades (incluindo a criação de assistentes de plateia)”, além do uso obrigatório de máscaras.

“O horário da festa conhecerá, também, alterações no que diz respeito à hora limite para a entrada (e reentrada), que será fixada nas 24:00 de sexta-feira e sábado e nas 22:00 de domingo (em vez, respetivamente, da 1:00 e das 22:30)”, segundo o texto.

Por outro lado, serão ainda criados "corredores de circulação de sentido único, separação de canais de entrada e saída e maior fluidez de acesso a transportes públicos".

A Festa do Avante! tem estado nos últimos dias no centro do debate político, com partidos mais à direita como o PSD e o CDS-PP a criticarem a postura do Governo, com o líder dos sociais-democratas, Rui Rio, a questionar a coerência da lotação do evento comunista face a limitações impostas em outros setores, como os estádios de futebol, e com os centristas a acusarem o executivo de “amiguismo” em relação ao PCP e de “fechar os olhos” ao evento anual dos comunistas.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, disse na quinta-feira que esperava por uma avaliação da DGS, “compreensível” pelos portugueses e respeitadora da igualdade de tratamento.

No mesmo dia, no final do Conselho de Ministros, a ministra de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva, sublinhou que o Governo não tem competências legais ou constitucionais para proibir iniciativas políticas, mas frisando que não seriam admitidas exceções às regras em vigor.

Já no início da semana a ministra da Saúde, Marta Temido, numa das conferências de imprensa na DGS para o balanço de acompanhamento da pandemia em Portugal. tinha alertado que a lotação teria de ser reduzida.

Portugal contabiliza pelo menos 1772 mortos associados à COVID-19 em 53.783 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).

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