Em entrevista à edição desta semana do Expresso, António Costa frisa que ainda é prematuro tomar decisões sobre grandes eventos culturais, como festivais e concertos. O primeiro-ministro adianta ainda que "o primeiro passo nos equipamentos culturais é naqueles que têm lugar marcado".
Relativamente aos festivais de verão e aos eventos em lugares ao ar livre, António Costa lembra que "o risco de contaminação é menor do que num espaço confinado". "Não vou estar a criar expectativas para que se façam grandes investimentos para realizar grandes festivais em agosto ou setembro e depois não termos condições para que eles tenham lugar", frisa o primeiro-ministro ao Expresso, acrescentando não vai "alimentar expectativas que depois saem frustradas".
Ao jornal, António Costa prevê que as salas de cinema e de teatro sejam as primeiras a reabrir porque "são aqueles em que é mais fácil serem respeitadas as normas de distanciamento". "Num cinema, a lotação é restrita, os lugares passam a ser todos marcados, só podem vender bilhetes de duas em duas filas, de três em três cadeiras", explica, sem avançar datas para a reabertura.
Na entrevista, António Costa lembra que o setor da cultura é "dos que estão em maior dificuldade". "Muitas vezes as pessoas pensam que são só as grandes estrelas. Mas não. É que por trás das grandes estrelas há centenas de pessoas que nós não conhecemos, os técnicos de luz, de som e que são milhares de pessoas que estão a viver muitas dificuldades", recorda.
"Abril é o esforço final que temos de fazer para conseguir consolidar o controlo da pandemia e termos margem para que em maio possamos começar a ir retomando as atividades, sabendo que durante ano, ano e meio, vamos ter de conviver com o vírus sem vacina", acrescenta.
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