Segundo a organização, num comunicado hoje divulgado, o Vivarium regressa ao Porto nos dias 26, 27 e 28 de março: “Com um programa que cruza as áreas da música, performance, dança, artes visuais e pensamento, o evento volta a refletir sobre o impacto tecnológico nas artes e na vida humana. Serão três dias de intensa programação que se estenderão à cidade: Passos Manuel, Armazém 22, Reitoria da Universidade do Porto, para além da casa-mãe, o Maus Hábitos”.

Na 3.ª edição, “o festival ambiciona abrir um debate a partir da famosa frase de Rimbaud ‘Je est un autre’”, que dá o mote para a conferência “Je est un autre, instintos e instituições”.

A conferência, marcada para 28 de março, às 14:00, na Casa Comum da Reitoria da Universidade do Porto, terá como oradores o artista visual francês Laurent Goldring, a investigadora, na área da Filosofia, Ana Falcato, o professor catedrático Ernesto Costa, o artista Leonel Moura e o juiz Alexandre Oliveira.

No primeiro dia do festival serão inauguradas, no espaço Maus Hábitos, exposições do norte-americano Mark America, do francês Laurent Goldring e do português Tiago Rorke, em colaboração com o projeto colaborativo MILL – Makers in little Lisbon.

Para esta edição estão seis espetáculos de música. Para o primeiro dia estão marcadas as atuações da multi-instrumentista norte-americana Kelly Moran, no Passos Manuel, e do projeto britânico Lil Data, no Maus Hábitos. No segundo dia, atuam os portugueses Osso Vaidoso e a dupla Telectu, que irá apresentar “Belzebu” e “Off Off”, ambos no Maus Hábitos.

Para o último dia ficam guardadas as atuações da performer e digipoetisa da Serra Leoa, radicada nos Estados Unidos, Yatta e do francês Franck Vigroux, ambos no Maus Hábitos.

A programação deste ano do Vivarium inclui ainda as performances “The Perception of”, da bailarina e coreógrafa eslovaca Eva Klimackova e de Laurent Goldring, no dia 27 no Armazém 22, e “Youtupia”, do bailarino e coreógrafo português Gustavo Monteiro, no dia 28, também no Armazém 22.

A primeira edição do Vivarium realizou-se em 2018 com o objetivo de discutir a relação entre a cultura humana e a cibernética, através de 'performances', conversas, exposições e música.

Na altura, a curadora Marianne Baillot explicou à Lusa que o Vivarium, a acontecer de forma anual, seria dotado de uma “abordagem multidisciplinar” que pretendia que o evento fosse além das artes visuais e se focasse no lugar do corpo no contexto da sociedade atual.