Nos cinco concelhos dos distritos de Castelo Branco e da Guarda vão ser feitas 17 apresentações de espetáculos durante a 14.ª edição do ContraDança.

Segundo o diretor do Festival de Dança e Movimento Contemporâneo, Rui Pires, além de a ASTA – Associação de Teatro e Outras Artes procurar levar a programação “a vários locais” e de escolher espetáculos “que de outra forma não viessem à região”, existe também a preocupação de ter uma oferta “para várias faixas etárias”.

“Há uma tentativa de criar públicos e de mostrar outro tipo de espetáculos”, salientou hoje, durante a apresentação do festival, Rui Pires, para quem um dos propósitos do ContraDança passa por “democratizar estes espetáculos mais conceptuais” e “mostrar o diferente”.

De acordo com o diretor do festival, a lógica do evento assenta em “proporcionar às pessoas outro tipo de espetáculo, mostrar que há um outro tipo de teatro”, dando o exemplo das apresentações sem texto, sem uma narrativa linear ou sem uma narrativa fixa.

O diretor artístico da ASTA, Sérgio Novo, realçou a preocupação em incluir na programação “o mais alternativo possível” e “continuar a garantir a pluralidade” na oferta, que vai além da dança contemporânea e inclui o teatro, o circo, a música e cruzamentos artísticos.

“A palavra movimento esboça todo o esqueleto programático do festival desde a sua origem até aos dias de hoje”, acentuou Sérgio Novo.

O ContraDança começa dia 26, em Seia, com o espetáculo de circo contemporâneo “Fuera de stock”, pela mão da companhia espanhola Edu Manazas.

Em 27 de setembro estreia, em Fornos de Algodres, “Desafios (im)possíveis”, criação da ASTA direcionada para o público infantil e com o foco na sustentabilidade e a importância de “reutilizar materiais”, explicou Sérgio Novo.

A companhia Jacuzzi, de Espanha, apresenta pela primeira vez em Portugal, dia 30 de setembro, em Gouveia, o espetáculo de circo contemporâneo “Cia, nimú”.

Durante o festival estão previstas várias atividades paralelas, como um debate sobre a municipalização da cultura, as Jornadas de Literatura e Artes Performativas, o Mercado Negro, a Feira do Livro de Artes e a exposição recicARTE.

O ContraDança tem um orçamento de 73 mil euros.

Nas apresentações em que a entrada não é livre o ingresso tem um custo de seis euros, a que é aplicado um desconto de 50% a estudantes e maiores de 65 anos.

A programação completa pode ser consultada através da página na Internet contradanca.pt.