“A qualidade é sempre um dos objetivos quando escolhemos os espetáculos”, frisou Fernando Sena, diretor artístico do festival e do Teatro das Beiras, companhia que organiza este evento naquela cidade do distrito de Castelo Branco, desde 1980.

Este responsável lembrou ainda que a programação desta edição foi preparada em tempo de pandemia, motivo pelo qual foi sofrendo algumas alterações e terá menos espetáculos do que a organização pretendia, dado que a incerteza levou a reduzir as peças para público escolar.

A edição deste ano decorrerá entre os dias 5 e 14 de novembro e tem ainda uma sessão extra calendário, marcada para 30 de novembro, dia em que subirá ao palco a peça “Gostava de estar viva para vê-los sofrer!”, pela companhia de Teatro de Braga, com interpretação da atriz Ana Bustorff.

Esta peça, que tem a dureza testemunhal como uma das principais qualidades do texto, sobe à cena mais tarde do que o inicialmente previsto para poder ser apresentada no Teatro Municipal da Covilhã, que foi recentemente requalificado e cuja inauguração deverá ocorrer durante o mês de novembro.

As restantes produções mantém-se no auditório do Teatro das Beiras, que além da companhia anfitriã também receberá o Teatro de Montemuro, Teatro Estúdio de Fontenova, ACTA – A Companhia de Teatro do Algarve, Tranvía Teatro, Cegada Teatro e Companhia Certa/Varazim Teatro, sendo que as duas últimas vão estar pela primeira vez na Covilhã.

Com um orçamento de cerca de 30 mil euros e numa altura em que as salas já podem ter lotação completa, o festival começa no dia 5 de novembro, às 21h30, com a apresentação de “A noite de Molly Bloom”, de James Joyce, pela ACTA – A Companhia de Teatro do Algarve.

No dia 6 de novembro, às 16h00, o Teatro de Montemuro apresenta “À espera que volte”, de Madalena Victorino e Paulo Duarte.

A Companhia Certa/Varazim Teatro apresenta, no dia 8, às 14h30, a peça “D. Quixote”, numa adaptação livre a partir de Miguel Cervantes.

A 9 de novembro, sobe ao palco a companhia espanhola Tranvía Teatro com “El Jardín de Valentín”, de Cristina Yáñez. Segue-se a companhia Cegada Teatro (dia 10, às 21h30) com a peça “Feira de Outubro”, de António Onetti.

O Teatro das Beiras (dia 13, às 21h30) apresenta a “Força do Hábito” de Thomas Bernhard, seguindo-se o Teatro Estúdio Fontenova (dia 14, às 16h00), com “Caminhos de Pan”, a partir de Marcel Schwob.

No dia 30, às 21h30, será a Companhia de Teatro de Braga a apresentar “Gostava de estar viva para vê-los sofrer!”.

O preço do bilhete é de seis euros, com desconto de 50% para maiores de 65 e menores de 25 anos e para sócios do Teatro das Beiras, da Casa do Pessoal do Centro Hospitalar Universitário da Cova da Beira e profissionais das artes.

O bilhete de criança nos espetáculos para escolas e famílias (6 e 8 de novembro) custa dois euros.