A Ucrânia é a grande favorita para vencer o Festival Eurovisão da Canção, segundo as casas de apostas online. Depois da invasão russa, a canção do país subiu até ao primeiro lugar do top do site Eurovision World.

No início de fevereiro, o tema "Stefania", interpretado pelo grupo Kalush Orchestra, ocupava 0 12.º lugar da tabela.

O coletivo foi o escolhido para substituir Alina Pash, a vencedora do concurso para escolher o representante do país no Festival da Eurovisão.

A 19 de fevereiro, a Ucrânia anunciou que Alina Pash já não seria a representante do país no evento, depois de ter havido protestos devido ao facto de a cantora ter atuado na Crimeia em 2015, um ano depois de a Rússia ter ocupado aquela região.

A Rússia “não irá participar” no 66.º Festival Eurovisão da Canção, marcado para maio em Turim, Itália, anunciou  a União Europeia de Radiodifusão (EBU), que promove o concurso.

“O Conselho Executivo da EBU tomou a decisão seguindo uma recomendação, de hoje, da organização do festival, baseada nas regras do evento e nos valores da EBU. A recomendação da organização conta também com o apoio do departamento de televisão da EBU”, lê-se no comunicado divulgado no passado dia 25 de fevereiro no site oficial da EBU.

Esta não é a primeira vez que o conflito entre a Rússia e a Ucrânia tem implicações no Festival da Eurovisão.

Em 2017, a Rússia recusou participar no concurso realizado em Kiev, na Ucrânia, depois de os serviços de segurança daquele país terem impedido a entrada da cantora Yulia Samoylova por esta ter visitado a Crimeia após a anexação russa.

Em 2019, a UA:PBC renunciou a participar no concurso, que nesse ano decorreu em Israel, por não ter conseguido um acordo com a vencedora do concurso para encontrar o representante do país na Eurovisão.

A cantora Maruv, que tinha vencido o concurso com o tema “Siren Song”, negou-se a assinar o contrato 'leonino' proposto pela UA:PBC.

As condições do contrato incluíam recusar-se a atuar na Rússia e ser especialmente cuidadosa ao abordar o tema da integridade territorial da Ucrânia, ou fazer declarações públicas que pudessem prejudicar a imagem do país a nível internacional.