Conferências, oficinas ou ‘showcases’ são algumas das vertentes do 1.º Encontro Ibérico de Música que vai decorrer em Évora, entre quinta-feira e sábado, no âmbito do Festival Imaterial, em curso nesta cidade alentejana, revelou a organização.

O encontro vai ser preenchido por conferências, mesas-redondas, oficinas, ‘speedmeetings’ e ‘showcases’, com o objetivo de dar a conhecer as músicas de raiz e de expressão ibérica a “um amplo conjunto de programadores, agentes, promotores, produtores, editoras, técnicos e jornalistas de todo o mundo”, explicou hoje a Câmara de Évora, uma das promotoras.

O objetivo deste Encontro Ibérico de Música passa por potenciar “o alcance internacional da sua expressão”, assumindo “um compromisso de celebrar as músicas ligadas ao passado” e garantindo-lhes também “a viabilidade de um futuro”, frisou.

O evento está integrado no Festival Imaterial, que arrancou na sexta-feira passada e que se prolonga até sábado, promovido pelo Município de Évora e Fundação Inatel, para promover o Património Imaterial da Humanidade pela organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).

As ‘showcases’ (ou atuações musicais) do Encontro Ibérico de Música têm como “palco” o Jardim Publico de Évora e arrancam, na quinta-feira, com Magali Sare & Manel Fortià, da Catalunha (Espanha), às 21:30, seguindo-se Lavoisier, de Portugal, às 22:20.

O projeto O Gajo, também de Portugal, às 21:30, e Laura Lamontagne & PicoAmperio, da Galiza (Espanha), às 22:20, são as propostas para o dia seguinte, enquanto Jon Luz & Maria Alice, numa união Cabo Verde/Portugal (às 21:30), e Los Hermanos Cubero, da região espanhola de Castela-La Mancha (22:20), atuam no sábado.

Segundo a organização, as ‘showcases' foram selecionadas por uma equipa de programadores e produtores constituída por Carlos Seixas (do Festival Música do Mundo, Imaterial, Ciclo Mundos), Luís Garcia (Artes À Rua, Imaterial), Marc Lloret (Mercat Vic) e Vítor Belho (Cantos na Maré).

Já as conferências, no Salão Nobre do Teatro Garcia de Resende, vão abordar temas como “Culturas Crioulas”, por Marc Lints, e “Património Imaterial”, com diversos oradores, na quinta-feira, assim como, no dia seguinte, “New European Bauhaus”, por Paul Dujardin, e o Laboratório de investigação IN2PAST, sobre património, artes, sustentabilidade e território.

Com direção e curadoria de Carlos Seixas e Luís Garcia, o Festival Imaterial, cuja programação inclui ainda um total de 10 concertos, que têm vindo a decorrer desde a semana passada, realiza-se este ano pela primeira vez, mas a sua estreia “em pleno” está prevista para 2022, ano a partir do qual contará com palcos em vários municípios alentejanos.

Uma das “características notáveis do património imaterial”, lembrou hoje a organização, é “a faculdade de transportar uma identidade local e levá-la a correr mundo, apresentá-la num outro lugar, estabelecer diálogos e promover encontros entre povos”.

O que abrange, como no encontro dos próximos três dias, “a promoção de artistas ibéricos cuja criação esteja ancorada nas raízes populares, nas músicas tradicionais e na tradição oral, incluindo todos aqueles que tomam essas raízes como pretexto para reequacionar, desconstruir ou atualizar essas pistas passadas”.

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