Esta edição do Tremor, que decorre até ao próximo dia 11, volta a contar com a Escola de Música de Rabo de Peixe, que desta vez se junta a Jerry The Cat “para um espetáculo que terá no jazz a matéria de negociação e exploração”.

Em palco, no Teatro Micaelense, na cidade de Ponta Delgada, estarão cerca de 20 elementos da Escola de Música de Rabo de Peixe e o músico Jerry The Cat, numa performance pautada também pela “improvisação”.

“O tema é sobre o desafio climático, sobre o tempo em que estamos a viver atualmente”, explicou à agência Lusa o músico norte-americano Jerrald James, conhecido por Jerry The Cat, enquanto preparava os instrumentos para uma sessão de ensaios no Cine-teatro Miramar, na vila de Rabo de Peixe.

A mensagem, acentua, é a da necessidade de “responder” à natureza “a fim de sobreviver perante as mudanças climáticas”.

O músico sublinha estar no local "ideal", nos Açores, para transmitir esta mensagem, através de um espetáculo que “deixa espaço para a improvisação”.

“É preciso sermos bons com a natureza porque ela é preciosa e a natureza na ilha de São Miguel é preciosa. E esses músicos cresceram com a natureza e têm empatia com a natureza”, destaca.

Erica Silva, 14 anos, chegou cedo aos ensaios e está entusiasmada por poder abrir o festival Tremor.

A jovem integra a Escola de Música de Rabo de Peixe há cerca de dois anos, toca flauta transversal, mas admite estar “um pouco nervosa com o aproximar do dia do espetáculo”.

“É uma experiência enriquecedora e desafiante, porque vamos tocar de improviso. Ele vai dar cinco ambientes, por exemplo, a floresta, a tempestade de areia ou icebergues, e conforme nos sentirmos tocamos, tendo como base essas vibrações”, explicou a jovem à Lusa.

Aos 16 anos, Miguel Tavares Pereira admite sentir-se também "um pouco nervoso" antes da subida ao palco na terça-feira.

No entanto, sublinha que tocar no festival Tremor será “uma grande experiência” para ser "mais famoso": "Toco guitarra e sou youtuber", explica o jovem oriundo de "uma família de músicos".

No palco do Cine-teatro Miramar, localizado no centro da vila piscatória de Rabo de Peixe, afinam-se os instrumentos da Escola de Música, enquanto Jerry The Cat garante estar tudo a postos na eletrónica para que sejam criados vários tipos de atmosferas contrastantes.

A Escola de Música de Rabo de Peixe chega a integrar 60 elementos, entre os 7 e 25 anos, mas a pandemia de covid-19 forçou uma paragem.

“Estamos agora a tentar reunir todos. Estivemos parados e só retomámos em julho, pelo que ainda não conseguimos reunir os alunos todos”, diz à Lusa o coordenador artístico e maestro da Escola de Música de Rabo de Peixe, Carlos Mendes.

Com atividade “parada há mais de um ano”, é com grande entusiasmo que a escola encara a atuação no festival Tremor.

“Não é a primeira vez que a escola de música se une ao projeto Tremor. Nos últimos anos temos participado no festival e já fizemos várias vezes a abertura do Tremor. Até agora têm sido momentos muito enriquecedores. Desafios muito grandes e experiências fantásticas para o grupo e para a escola. Tem superado todas as expectativas”, sublinha Carlos Mendes.

Em 2020, o festival Tremor estava pronto a arrancar no final de março, mas teve de ser cancelado devido à pandemia de COVID-19.

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