Filipe Pinto já não é apenas um ex-concorrente do programa televisivo "Ídolos", e conta já com dois trabalhos de originais, "Cerne" e "E Tudo Gira", juntamente com um projeto paralelo, "O Planeta Limpo de Filipe Pinto", com uma temática ambiental. Agora, com a estreia do seu novo videoclipe, "Amor Tem Si", o seu terceiro single do último álbum, o SAPO Mag quis saber mais sobre a atualidade do cantor e os seus planos para o futuro.

SAPO On The Hop: Explica-nos a escolha de "Amor Tem Si" para o terceiro single do teu álbum.

Filipe Pinto (FP): A canção é primaveril e transmite um ambiente leve. Tanto para mim como para a Sony Music foi um tema orelhudo, com imensa vontade de mostrar ao público.

Como foi gravar todo o videoclipe num só take? Diz-nos quais as maiores dificuldades e o que gostaste mais neste processo.

FP: Esta escolha foi acertada desde o início de conversa com a Cimbalino Filmes, pois pretendia-se que o video fosse uma tela em movimento, ressaltando pequenos clichés relativos ao amor e recorrendo a figurantes e às casas típicas da Costa Nova para contar estas mini histórias. As maiores dificuldades foram organizar e pedir permissão aos donos das casas, pois muitos deles não se encontravam fisicamente no local; coreografar os tempos com os figurantes...e o vento em nortada que estava muito forte!

Como já o dissemos, este é o terceiro single do teu álbum de 2016. Mas já pensas em algo novo?

FP: Sim, estou a trabalhar em canções novas e mais arrojadas criando uma linha mais de encontro com a música em ambiente eletrónico...é desafiante!

Quais são as tuas influências mais atuais e qual o rumo que imaginas ter na tua carreira?

FP: O meu percurso musical tem sido pautado pela busca de temas e áreas com as quais eu me identifico, como o ambiente, as relações sociais e, particularmente neste último disco, a ideia de não apagarmos o sorriso das nossas vidas. As minhas influências estão atualmente em Tom Odell, Imagine Dragons, Coldplay, Salto, Prana e Calvin Harris.

De onde surgiu a ideia de "O Planeta Limpo do Filipe Pinto"?

FP: Surgiu com um ukulele. Comecei a compôr canções mais melódicas e abordei uma empresa chamada Betweien, que desenvoLve projetos educativos, e mais tarde surge a conceção do Planeta Limpo. Um livro, um jogo, um CD e DVD, mas mais do que isso, um projeto levado às escolas com sessões e formação ambientais e teatro musical.

Por que razão escolheste o público infantil para este teu novo projeto?

FP: As canções definiram praticamente o público alvo...No entanto, onde este projeto alcança são sobretudo famílias e corpo docente. Abrange, direta e indiretamente, várias gerações. Ainda agora, a última sessão foi dedicada aos netos e avós de um centro educativo onde estiveram mais de 300 pessoas.

Falando em público infantil... Diz-nos qual a tua personagem de desenhos animados favorita e porquê.

FP: Bem... Nunca me irei esquecer dos desenhos animados que me incutiram uma ideia em volta da amizade, como o "Toy Story", com o grande Woddy

Foste descoberto através dos "Ídolos". Se fosses jurado, qual seria o teu painel de jurados de sonho?

FP: Bom, é difícil dizer, pois o programa teria de permitir composições próprias. Teriam que ser pessoas da minha geração para que fosse algo diferente do comum nestes formatos e alguém que tivesse passado pela crítica e por todo o ambiente em volta.

Eu escolheria Carolina Torres, Diogo Piçarra, Salvador Sobral e Carolina Deslandes.

Sendo um homem do norte que passa tanto tempo por todo o resto do país, quais são os regionalismos que nunca perdes no teu vocabulário?

FP: É engraçado, pois quando estou em diferentes regiões acabo por ser uma esponja e apanhar algumas expressões e dizeres de cada região. Mas um vocabulário menos elaborado, do tipo "Ei que cena!!", "Que fixe!!", "Porra caneco!".