George Clooney apelou numa carta aberta na quinta-feira à noite "ao The Daily Mail e outras publicações" que não divulguem fotografias dos seus filhos.

"Tendo acabado de ver fotografias do bebé de um ano da Billie Lourd na vossa publicação e o facto de que subsequentemente as terem removido, solicitamos que evitam colocar os rotos dos nossos filhos na vossa publicação. Sou uma figura pública e aceito as fotos muitas vezes intrusivas como parte do preço a pagar por fazer o meu trabalho. Os nossos filhos não assumiram esse compromisso", escreve o ator.

A carta aberta também destaca razões de segurança relacionadas com o trabalho arriscado como advogada da sua mulher, Amal Clooney.

"A natureza do trabalho da minha esposa faz com que ela enfrente e coloque em julgamento grupos terroristas e tomamos todas as precauções que podemos para manter a nossa família segura. Não podemos proteger os nossos filhos se alguma publicação colocar os seus rostos nas suas primeiras páginas. Nunca vendemos uma foto dos nossos filhos, não estamos nas redes sociais e nunca publicamos fotos porque isso colocaria as suas vidas em risco. Não um perigo paranóico, mas problemas do mundo real, com consequências no mundo real", continua a carta aberta.

"Esperamos que concorde que a necessidade de vender publicidade não é maior do que a necessidade de impedir que crianças inocentes sejam visadas", termina o ator.

Menos de uma hora depois da publicação do apelo, às 04h15 da madrugada de sexta-feira em Londres, o The Daily Mail "respondia" com uma notícia que usa uma estratégia habitual do tablóide britânico, a de destacar a vida privilegiada das celebridades, recorrendo a imagens à distância do ator e da sua família a embarcarem num jato privado na Austrália para o local da rodagem de uma comédia com Julia Roberts, depois de terem estado em quarentena "numa propriedade palaciana de 9 milhões de dólares".