Na chegada ao evento, ainda no tapete vermelho, a cantora chilena Mon Laferte exibiu os seios onde estava escrita a mensagem: "No Chile, torturam, violam e matam", enquanto usava no pescoço um lenço verde, símbolo da luta pela legalização do aborto.
Nomeda na categoria de Canção do Ano por "Amarrame", gravada em parceria com o colombiano Juanes, a intérprete também falou com a imprensa sobre os protestos sociais no país que em três semanas contou 22 mortos em confrontos com as forças de segurança
O seu conterrâneo Cami, que concorreu na categoria Melhor Artista Revelação, fez questão de destacar as manifestações no Chile.
"O que está a acontecer é muito triste, mas a forma como nos manifestamos e como as pessoas acordaram é incrível", disse a jovem na cerimónia realizada na véspera para homenagear Juanes como Personalidade do Ano.
O porto-riquenho Residente, vencedor na categoria de Melhor Videoclip com "Banana Papaya", dedicou o seu prémio a "todas pessoas que estão a manifestar-se na América Latina".
"Não podemos permitir que os governos continuem a fazer de nós idiotas", afirmou.
O nicaraguense Luis Enrique, vencedor na categoria Melhor Álbum Folclórico, com "Tiempo al tiempo", destacou a situação de seu país e da Venezuela.
A Venezuela "continua a lutar pela sua liberdade", enquanto a "Nicarágua segue em guerra, apesar de quererem retratá-la de outra forma", declarou.
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