Trata-se da segunda edição desta iniciativa, lançada em janeiro de 2020 com o objetivo de apoiar projetos artísticos para a inclusão social, que teve um ano de interregno devido à pandemia.

Num comunicado divulgado na quarta-feira, a Fundação Calouste Gulbenkian revela que os 16 projetos vencedores juntam “artistas profissionais e não profissionais em processos partilhados de aprendizagem, reflexão e construção de propostas artísticas em áreas tão variadas quanto o teatro, a música, a dança, o circo, a rádio, as artes visuais e o vídeo, com o propósito de desenvolver competências individuais e reforçar o sentimento de identidade e de pertença das comunidades”.

Os projetos vão intervir nas cidades de Lisboa e Porto, mas também em territórios inéditos no âmbito desta iniciativa, como Terras de Bouro, Montalegre, Vieira do Minho, São João da Madeira, Vila Nova de Famalicão, Elvas e Lagos.

Outra novidade da 2.ª edição do PARTIS & Art for Change é o aparecimento de propostas de trabalho que têm públicos-alvo nunca antes abordados neste âmbito, como pessoas infetadas com VIH+, jovens com medida tutelar educativa a frequentar escola de segunda oportunidade ou pessoas institucionalizadas com experiência de doença mental.

No que respeita a já habituais em edições anteriores, a Gulbenkian destaca a existência de projetos com jovens 'NEET' – Nem em Educação, Formação ou Trabalho –, com comunidades ciganas e com reclusos.

Entre as entidades promotoras, “14 são estreantes no quadro desta iniciativa, nomeadamente a Cooperativa Árvore (Porto), a P28 Manicómio (Lisboa), a Companhia Erva Daninha (Porto e Gondomar), a Associação cultural UMCOLETIVO (Elvas), o Instituto Nacional de Artes do Circo (V. N. Famalicão) ou a Associação cultural Rural Vivo (Gerês)”.

A Fundação Calouste Gulbenkian destaca que o custo total dos projetos representa um investimento de cerca de um milhão de euros, repartido igualmente entre a Fundação Calouste Gulbenkian e a fundação espanhola ”la Caixa”.

Todos os projetos terão início em setembro e uma duração de dois a três anos.

Este conjunto de iniciativas junta-se assim aos 16 projetos selecionados na primeira edição PARTIS & Art for Change, que estão em curso desde janeiro do ano passado.

As candidaturas para a segunda edição do PARTIS & Art for a Change decorreram entre 10 de janeiro e 17 de fevereiro.

A Fundação Calouste Gulbenkian apoia, desde 2013, projetos de intervenção social pelas artes através do programa PARTIS - Práticas Artísticas para a Inclusão Social. Ao longo de três edições, “foram apoiados 48 projetos, num total de três milhões de euros de financiamento”.

A iniciativa Art for Change, da “la Caixa”, existe desde 2008, em Espanha, e foi criada “com o objetivo de apoiar projetos artísticos que promovessem a transformação social”.

Até hoje, receberam financiamento “421 projetos apresentados por entidades artísticas e culturais, no valor de mais de 6 milhões de euros, que abrangeram 62 mil participantes”.

Em 2020, as duas fundações juntaram-se e criaram a PARTIS & Art for a Change, que na 1.ª edição apoiou 16 projetos artísticos, com 1,5 milhões de euros, escolhidos entre 132 candidaturas.

Os 16 projetos escolhidos tiveram início em janeiro de 2021 e têm entre dois e três anos de duração.

O programa dirige-se a “entidades coletivas - públicas ou privadas sem fins lucrativos -, legalmente reconhecidas e sediadas em Portugal”, que poderão apresentar projetos “transformadores de arte participativa, a implementar entre 2022 e 2025”.

Os “mais inovadores projetos artísticos com impacto social, nas áreas das artes performativas, plásticas ou audiovisuais” receberão um apoio até um máximo de 25 mil euros por ano.

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