Bem, ninguém quer saber da envergonhada alteração de nome do NOS Alive. O rebranding não mexe uma palha no entusiasmo pelo cartaz e pela organização. É dia de Arctic Monkeys e de uma avalanche de sortudos que compraram o bilhete a tempo de ver a banda do momento. Do I wanna know...

_DSC2260

O rio Tejo está ali ao lado e só dá vontade de mergulhar, tal o calor em Lisboa. É o festival do calção curto, do bronze, dos estrangeiros em tronco nu erguendo convictamente o copo de cerveja enquanto descobrem os seis palcos deste festival. E há mesmo muito para ver. É um festival conceituado na Europa, mas não só: pelas bandeiras que vimos, daria para improvisar uma nova Copa em pleno Passeio Marítimo de Algés.

Se cada sombrinha vale para descansar, no caso de Noiserv cada objeto serve de instrumento musical. A enorme sombra do Palco Heineken junta-se à calma do multi instrumentista para dar uma boa solução a quem quer relaxar. Simples na postura, sempre eficaz no essencial. Teve mais ruído envolvente do que merecia, mas felizmente não chegou para beliscar a atuação.

Ben Howard já inaugurava o palco principal, mas o sol a bater de frente foi demasiado inibidor. Quebramos a resistência para ver Lumineers, a ter de provar com esforço que são mais do que um ou dois singles. Foi divertido e apropriado para a hora, ainda que aquele folk não seja capaz de nos agarrar até ao fim.

$$gallery$$

À hora de Imagine Dragons preferimos ser alternativos e passear por outros palcos (menos a Raquel... - link a caminho). Sempre nas calmas, para resistir ao calor. Passamos sem dar conta pelo novo palco de comédia (amanhã testamos a piada) para nos consolarmos com os d3o no Coreto. Ai caramba. Éramos poucos, mas ninguém se surpreendeu com o curto mas intenso concerto dos senhores do velho rock n’ roll de Coimbra. Mereceriam certamente um palco mais largo. Ou então foi melhor assim.

Diminuímos a voltagem. Tiago Bettencourt, com novo álbum na manga, começava ali ao lado. “Está a soar bem?” Estava, com certeza. Sem grandes confusões, ainda ouvimos “Só mais uma volta”, “Maria” e a sempre aguardada “Laços”, dos tempos de Toranja.

São horas de jantar, com Interpol ao fundo (comer à pressa para não perder muito) e esperar pelos Arctic Monkeys. Pelo AM dos Arctic Monkeys, melhor dizendo. Difícil  é conseguir um sítio de onde se veja o concerto em condições... "Vai ser bom. Tem de ser bom".

$$gallery-2$$

E foi. Mas talvez não tenha correspondido por inteiro às altíssimas previsões. Tínhamos medo que ficassem de fora algumas malhas antigas, que o concerto se resumisse ao AM, mas felizmente não foi o caso. Uma mistura explosiva, portanto. Só que o Alex Turner nunca se descompôs, e ficamos a pensar como teria sido muito mais intenso com exaltação vinda do palco. Ainda há muito para ver, e provavelmente este não terá sido um dos concertos do ano.

$$gallery-3$$$$gallery-4$$

Em atualização. Fiquem connosco, fiquem On The Hop.