O funeral do ator, que ficará sepultado no talhão dos artistas, é precedido de uma missa de corpo presente, a realizar às 14:00 naquela igreja situada em Campo de Ourique, acrescentou a mesma fonte.
Igor Sampaio, de 76 anos, que foi também cenógrafo, figurinista e pintor, morreu na sexta-feira no hospital de S. José, em Lisboa, onde terça-feira dera entrada de urgência, devido a um acidente vascular cerebral (AVC) sofrido na véspera.
A ministra da Cultura lamentou hoje a morte do ator, considerando-o um “exemplo discreto, de dedicação incondicional à arte e ao público” num trajeto profissional pautado “pela busca apaixonada daquela verdade natural que qualquer ator persegue”.
Em comunicado, Graça Fonseca manifestou o “seu mais profundo pesar” pela morte do “dedicado ator, cenógrafo e figurinista” que teve uma “presença assídua e versátil nos palcos dos teatros e na ficção televisiva”.
O trajeto profissional de Igor Sampaio pautou-se também, “nos vários contextos em que trabalhou, pela busca apaixonada do espanto, do riso, da inquietação e da superação”, acrescenta-se na nota governamental que enviava "sentidas condolências" à família e amigos do ator.
Nascido em Ponta Delgada, em 29 de dezembro de 1944, Igor Sampaio estreou-se profissionalmente no teatro de revista em 1967, e trabalhou como assistente de cenografia no Teatro Monumental.
Desde então, em simultâneo com interpretação, assinou figurinos e cenários em diversos espetáculos na Casa da Comédia em peças como “A cabeça do Baptista”, “Sacrilégio”, “Laço de Sangue”, “As cem moedas de oiro” ou “O rapto das cebolinhas”.
Na década de 1970, integrou diversos elencos de teatro de revista, em peças como “O bombo da Festa” ou “Rei capitão soldado ladrão”, num percurso artístico que passou também pelo Teatro Nacional D. Maria II, cujo elenco fico integrou de 1979 a 2001.
Teatro Aberto e Teatro da Trindade foram outros dos palcos que pisou, tendo, nos últimos anos, presença regular em A Comuna, onde, dirigido por João Mota, interpretou obras como “Os apontamentos de Trigorin” (2018) ou “As artimanhas de Scapin” (2020), refere a ministra.
Ator transversal, Igor Sampaio fez parte do grupo de bailados “Verde Gaio” e tinha presença regular em televisão, nomeadamente em telenovelas e séries.
“A banqueira do povo”, “Vidas de sal”, “Ballet Rose”, “Lusitana Paixão” ou “Velhos amigos” são alguns dos trabalhos em que participou na RTP. Igor Sampaio deu ainda a cara em formatos na SIC e TVI como, “Laços de família”, “Perfeito coração”, “Equador”, “Morangos com Açúcar” ou “Mulheres”, telenovela atualmente em exibição.
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