No palco das Portas de Santo Antão, Joan Baez, de 77 anos, vai apresentar o seu álbum “Whistle Down The Wind”, editado em março último, após uma década sem gravar, que inclui canções como "Be of Good Heart", "The President Sang Amazing Grace" e “Whistle Down The Wind”, de Tom Waits.

“Esta será a digressão de despedida da cantora, que, após 60 anos de uma extraordinária carreira, aproveita a apresentação do recente trabalho de estúdio para se despedir dos palcos”, afirma a promotora do concerto em comunicado.

Após uma década, a artista de "influência incalculável" lançou o novo trabalho, produzido pelo vencedor de três Grammy, Joe Henry.

Gravado em apenas dez dias, “Whistle Down The Wind” reúne material de alguns dos compositores favoritos de Joan Baez, como Tom Waits, Eliza Gilkyson a Mary Chapin Carpenter, a intérpretes mais recentes de folk, como Josh Ritter.

Nascida em Nova Iorque, em 1941, Joan Baez estreou-se aos 18 anos no Newport Folk Festival.

Sem separar a música das convicções políticas e sociais, Joan Baez participou em alguns dos protestos anti-guerra e em defesa dos direitos humanos nos Estados Unidos.

Juntou-se a marchas contra a segregação, foi presa pela oposição à guerra no Vietname, fez campanhas contra a pena de morte e participou na fundação da Amnistia Internacional, nos Estados Unidos.

Em 2008, celebrou 50 anos de carreira com uma digressão pelos Estados Unidos e Europa, e editou o álbum "Day after tomorrow".

Com mais de 30 álbuns editados, ao longo dos sessenta anos de carreira, Baez soma sucessos que são também "canções de referência", como o espiritual como "Swing Low, Sweet Chariot", o gospel "We shall overcome" e a canção da chilena Violeta Parra "Gracias a la vida", que também fez "sua", pela interpretação.

A última vez que a cantora norte-americana esteve em Portugal foi em março de 2015, com concertos nos Coliseus de Lisboa e do Porto.

Joan Baez atuou pela primeira vez em Portugal em agosto de 1980, no antigo Dramático de Cascais.

O preço dos bilhetes para o próximo concerto varia entre os 25 euros, na galeria, e os cem euros, nas cadeiras de orquestra.