Fomos conhecer uma banda nova: os Centoecinco.

Captura de ecrã 2014-12-11, às 12.38.01

Antes de irmos ao concerto, o melhor é apresentá-los rapidamente. Os Centoecinco são uma banda de pop-rock de Paços de Ferreira. Todas as canções são originais e o grupo já tem um EP editado, "Às seis e meia num relógio suíço". Podem saber mais no facebook ou no site da banda.

Agora sim, podemos falar do concerto. Em noite de Champions, a banda nortenha jogou em casa, na Casa da Eira, em Paços de Ferreira. Um "jogo rápido", mas com qualidade dos relógios suíços.

No espaço estavam algumas televisões com os típicos resumos e comentários dos jogos da Liga dos Campeões, mas toda a gente virou costas. O centro das atenções era o concerto que começou com "Gestos materiais", um tema do EP que ali apresentavam.

Com um ambiente em tons de verde e com árvore ao contrário pendurada no tecto, seguiu-se "Quero ouvir o meu nome", uma música "egocêntrica", nas palavras do vocalista Nuno Alves- que, apesar de estar nos primeiros passos, já sabe interagir bem com o público.

A noite estava fria, mas o concerto já estava a aquecer- alias, com medo que o gelo quebrasse, um senhor foi até ao palco pedir para tocarem "a música do Titanic" porque fazia 25 anos de casado.

O concerto continuou sem Titanic, só com músicas originais dos Centoecinto.  "Quem não nos conhece, não vai conhecer as nossas músicas", lamentou o vocalista. Mas quem não conhecia estava a ter a oportunidade de conhecer a banda, que convidou Inês Veríssimo para se juntar no palco.

Inês Veríssimo e Nuno Alves cantaram "Agarro o céu" e logo depois "Jogo Rápido", a música de maior sucesso da banda - é um bom single para a rádio, fica logo no ouvido.

Notou-se claramente que "Jogo Rápido"- letra com romantismo qb, sem ser cliché - era a mais conhecida entre os presentes, que de telemóvel em punho gravaram e fotografaram o momento.

As vozes de Inês e Nunco combinam na perfeição e a confirmação veio em "Dia Certo para mim" - "Uma música escrita para uma senhora que não me ligou nada", brincou Nuno Alves.

Em noite fria, a filosofia foi bem vinda. "Acho que todos acreditámos em alguma força. Há quem lhe chame Deus e há quem lhe chame outra coisa", foi assim que o vocalista apresentou "Deus", trazendo alguma 'paz' ao concerto.

E se há coisa que nunca pode faltar, é interação com o público - é mais difícil no começo quando pouca gente conhece as músicas, mas os Centoecinco lá conseguiram animar e pôr toda a gente a cantar  "Oh oh oh".

Antes de Inês Veríssimo se despedir do palco, ainda houve tempo para "Mais uma volta". Depois na setlist seguiu-se "Mundo Natural", uma música rock que fez toda a gente bater o pé, e "Vôo 105", que fechou o concerto.

Um concerto onde, ao contrário de grandes concertos, o público não saiu mais cedo 'por causa do trânsito' - é a vantagem. Um concerto de uma banda que promete conquistar o seu espaço na música portuguesa - é ir ouvir.