O velório do bailarino e coreógrafo Jorge Salavisa, que morreu na segunda-feira, vai decorrer na Igreja do Campo Grande, em Lisboa, na quarta-feira, e o funeral realiza-se no dia seguinte, no cemitério dos Olivais, anunciou o Teatro São Luiz.
O corpo de Jorge Salavisa vai estar na Igreja do Campo Grande, a partir das 17:00 de quarta-feira, dia 30 de setembro.
No dia 1 de outubro, realiza-se a missa de corpo presente, às 10:30, seguindo depois, às 12:00, para o cemitério dos Olivais, para ser cremado.
De acordo com o comunicado do São Luiz Teatro Municipal, “as cerimónias têm as limitações definidas para o estado de contingência, com lotações reduzidas em todos os espaços”.
A diretora artística do Teatro São Luiz, Aida Tavares, recorda que Jorge Salavisa “foi o primeiro diretor do Teatro São Luiz após a sua renovação”.
“Fez dele o epicentro da criação contemporânea, na sua sábia gestão de nomes consagrados e emergentes, do teatro, da dança e da música, criando em Lisboa, e a partir dela, um palco no centro da cidade e no centro da vida dos seus públicos e dos seus artistas”, afirma.
O bailarino e coreógrafo Jorge Salavisa morreu em casa, em Lisboa, aos 81 anos, vítima de doença.
Nascido em Lisboa, em 1939, Jorge Salavisa iniciou os estudos de dança com Ana Máscolo e prosseguiu a sua formação artística em Paris, com Victor Gsovsky e Lubov Egorova, ingressando, a seguir, no Grand Ballet du Marquis de Cuevas, onde permaneceu até à extinção dessa companhia, em junho de 1962.
Entre 1977 e 1996, foi diretor do Ballet Gulbenkian, companhia que acabou por ser extinta em 2005.
Em 1998, assumiu a direção da Companhia Nacional de Bailado (CNB), mantendo-se no cargo até 2001. Jorge Salavisa também presidiu ao Organismo de Produção Artística, entidade gestora do Teatro Nacional de São Carlos e da CNB, entre maio de 2010 e janeiro de 2011.
Ao longo da carreira, Jorge Salavisa trabalhou com bailarinos e coreógrafos de renome como Bronislava Nijinska, Robert Helpmann, Daniel Seillier, Nicholas Beriosoff, Maria Fay, Roland Petit, Mary Skeaping, John Taras, entre outros.
Comentários