A mostra, cujo título em português pode ser traduzido como “Vivendo entre o que é deixado para trás”, reúne fotografias que Mário Cruz captou ao longo de um mês nas Filipinas, onde visitou comunidades que vivem ao longo do rio Pasig, testemunhando uma situação extrema de poluição ambiental.
Uma das fotografias incluídas na exposição deu ao fotojornalista o terceiro lugar na categoria Ambiente, em imagem ‘single’, no World Press Photo 2019.
A imagem premiada mostra uma criança a recolher materiais recicláveis, para obter algum tipo de rendimento que lhe permita ajudar a família, deitada num colchão rodeado de lixo, que flutua no rio Pasig, que já foi declarado biologicamente morto na década de 1990.
Com este trabalho, Mário Cruz venceu também a categoria Ambiente do prémio Estação Imagem 2019 Coimbra.
Em outubro do ano passado, “Living Among What’s Left Behind” venceu o prémio de Melhor Trabalho de Fotografia, na categoria Artes Visuais, dos prémios Autores da Sociedade Portuguesa de Autores (SPA).
A exposição esteve patente inicialmente no Palácio Anjos, em Algés, no concelho de Oeiras, entre 6 de abril e 30 de junho de 2019, e deu origem a um livro, editado pela Nomad e desenvolvido pelo Estúdio Degrau.
Entretanto, já passou também por Bruxelas.
Mário Cruz, de 33 anos, fotojornalista da agência Lusa, conquistou em 2016 o primeiro lugar na categoria Temas Contemporâneos do World Press Photo, com um trabalho sobre a escravatura de crianças - dos meninos Talibés - no Senegal (“Talibés - Modern Days Slaves”), que deu origem a um livro, depois de publicado na Newsweek, e que constituiu um alerta global. No Senegal, foram distribuídos panfletos com fotografias feitas por si, tendo sido resgatadas centenas de crianças.
A inauguração na galeria IAM, em Macau, está marcada para as 17h00 de sábado (hora local, 10h00 em Lisboa) e inclui uma conversa sobre “A integração da proteção ambiental na educação dos jovens de Macau”, que conta com a participação de Mário Cruz por videoconferência.
“Living Among What's Left Behind”, que estará patente até 2 de maio, pode ser visitada a partir de domingo.
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