“Sessenta contos”, do autor italiano Dino Buzatti, que o The Guardian classificou como “magnífico” e “o último fabulista moderno”, é um volume de contos selecionados em vida pelo próprio autor, nunca antes publicado em Portugal.

Editado agora pela Cavalo de Ferro, esta seleção resulta de uma preferência pessoal do autor e constituiu uma súmula do que melhor representa o seu universo singular: “paisagens imaginadas que se abrem a realidades metafísicas, a arquiteturas impossíveis, góticas, oníricas, nas quais sobressai a inquietação do homem perante o seu destino, o mistério da sua existência, o horror pela vida nas cidades e as suas rotinas diárias”, explica a editora.

A D. Quixote traz este mês dois novos livros dos escritores portugueses Lídia Jorge e Rodrigo Guedes de Carvalho, o primeiro, “Estuário”, sobre um homem que regressa a casa do pai sem parte da mão direita depois de ter andado pelo mundo numa missão humanitária, o segundo, “Jogos de raiva”, segue uma família, através da qual se traçam retratos sobre medos, racismo, depressão, sexualidade, jornalismo, adoção, arte e amizade.

A Relógio d’Água vai publicar um novo livro de Gonçalo M. Tavares, “Dicionário Literário dos Bloom Books”, e um dos últimos trabalhos de John Berger, que morreu no ano passado, um livro de ensaios, intitulado “Confabulações” (original de 2016), que se sucede à publicação, em março, de “Para o casamento”.

Ainda neste mês, a Relógio d’Água conta editar mais um livro de Rachel Kushner, escritora norte-americana duas vezes nomeada para o National Book-Award, intitulado “O quarto de Marte”.

A Minotauro, chancela do grupo Almedina, vai começar a lançar a coleção “Obras completas de Maria Judite de Carvalho”, em seis volumes, cujos dois primeiros se publicam em maio: “Tanta gente, Mariana” e “As palavras poupadas”, este último, vencedor do Prémio Camilo Castelo Branco, há muito esgotado.

Pelas Edições 70 sairá uma coletânea de ensaios publicada originalmente em França em 1965 – “Teoria da Literatura: Textos dos formalistas russos apresentados por Tzvetan Todorov”, numa edição revista e aumentada, bem como uma análise da atual Coreia do Norte pelos olhos do ex-diplomata em Pyongyang José Manuel Duarte de Jesus, intitulado “Coreia do Norte: A última dinastia Kim”.

A escritora franco-marroquina Leila Slimani, vencedora do Prémio Goncourt com “Canção Doce”, lançado em Portugal pela Alfaguara em 2017, terá agora o seu primeiro romance, “O jardim do Ogre”, publicado em português pela mesma editora.

A Alfaguara prossegue ainda com a publicação de obras de Michel Houellebecq, desta vez com “Possibilidade de uma ilha”, livro original de 2005 e publicado em Portugal pela D. Quixote há 12 anos.

A mesma editora lança também “Tu não és como as outras mães”, primeira obra da escritora alemã Angelika Schrobsdorff publicada em Portugal, um livro de memórias da sua mãe, amplamente elogiado pela crítica e vencedor do Prémio Livro do Ano pelo Grémio dos livreiros de Madrid.

A Companhia das Letras vai reeditar o romance de João Tordo vencedor do Prémio Literário José Saramago, “As três vidas”.

A Elsinore traz o romance “Estou viva, estou viva”, de Maggie O’Farrell, autora multipremiada, que narra 17 experiências que teve de proximidade com a morte ao longo da sua vida, “num tom de memória e com um caráter literário muito presente”, diz a editora.

“Pássaros na Boca” é outra das novidades da Elsinore, uma antologia de contos da escritora argentina Samanta Schweblin, galardoados com o prémio Casa de las Americas, que reúne 18 histórias, em que “o insólito e o grotesco irrompem com violência na normalidade do quotidiano”, especifica a editora que já anteriormente publicou “Distância de Segurança”, da mesma autora.

A Tinta-da-China vai lançar os ensaios “De esquerda, agora e sempre”, de Mark Lilla, “Arménia – Povo e identidade”, de António Loja Neves e Margarida Neves Pereira, e “O lado B da Europa: Viagem às 28 capitais”, de Bernardo Pires de Lima.

Nesta editora saem também em livro as reportagens de Joana Gorjão Henriques “Racismo no país dos brancos costumes” e de Catarina Gomes “Furriel não é nome de pai”, assim como um livro de fotografia de João Pina e a primeira edição da revista literária “Granta em Língua Portuguesa”, a editar simultaneamente em Portugal e no Brasil, sob a direção de Carlos Vaz Marques e com curadoria de imagem de Daniel Blaufuks.

A Bertrand edita “O tempo em que a luz declina”, de Eugen Ruge, uma saga familiar que acompanha a história da Alemanha no século XX, e a Temas e Debates lança “A religião dos portugueses”, um estudo da autoria de Frei Bento Domingues, com organização de António Marujo e Maria Julieta M. Dias, que cruza a teologia com a literatura, a antropologia com a crítica religiosa e a sociologia com as “artes de ser português”.

A Quetzal vai publicar “Três filhas de Eva”, livro de Elif Shafak, escritora turca autora de “A bastarda de Istambul”, e um novo livro de poesia de José Luís Barreto Guimarães, “Nómada”.

A Porto Editora estreia-se na publicação de Jacinto Lucas Pires com “A gargalhada de Augusto Reis”, e edita um conjunto de textos jornalísticos do poeta Herberto Helder, publicados no “Notícia – Semanário Ilustrado” (Angola), sob o título “em minúsculas”.

A Assírio e Alvim vai lançar um novo livro de poesia de Rosa Maria Alice Branco, “Traçar um nome no coração do Branco”.

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