Mel Gibson está a ser bastante criticado e viu regressarem em força as acusações de racismo e antissemitismo que têm assombrado a sua carreira após homenagear o antigo presidente dos EUA Donald Trump com uma saudação militar.

Com o ator e realizador de barba, o vídeo que se tornou viral é de sábado, durante o evento de artes marciais UFC, onde Trump foi recebido com aplausos e apupos ao ser escoltado para assistir ao combate entre Conor McGregor e Dustin Poirier.

A saudação militar está a ser bastante elogiada pela "nação MAGA" e até com referências cinematográficas, pois Mel Gibson foi o protagonista de um filme chamado "O Patriota" (2000) e ainda o "patriota" escocês William Wallace em "Braveheart" (1995).

"Mel Gibson acabou de dar a melhor interpretação da sua carreira e não estava a representar. Ele saudou fortemente o Presidente Trump. Não foi apenas corajoso mas, como toda a gente pôde ver, foi do coração.", escreveu um apoiante.

Mel Gibson ganhou os Óscares precisamente com "Braveheart" (1995) e voltou a ser aceite e "reabilitado" com as nomeações por "O Herói de Hacksaw Ridge" (2016), apesar de estar envolvido em vários escândalos por comentários racistas e antissemitas.

No passado, Mel Gibson disse que não falava de política porque não tinha qualificações e ninguém estava interessado no que ele pensava, reconhecendo que isso também era em parte intencional por causa da sua carreira, permitindo-lhe "ser o que quer que seja" como ator.

Numa entrevista a Laura Ingraham na FOX News no ano passado, o máximo que reconheceu foi que era "politicamente incorreto" e pensava que o politicamente correto era "terrorismo intelectual."

Mas para os seus críticos, o gesto do ator no sábado revelou o que verdadeiramente é.

"Não estou surpreendo por ver o Mel Gibson a saudar o Trump. Os nazis têm um passado de saudar outros nazis", partilhou o jornalista David Leavitt nas redes sociais.

"Mel Gibson é quem nós pensámos que ele era", escreveu o escritor John Pavlovitz.

"Infelizmente, o Mel Gibson sempre foi um racista, antissemita, homofóbico, misógino, bêbado. Portanto, faz sentido para ele ser um membro MAGA apoiante do Trump. Ele é um ator talentoso, mas como judeu, para mim ele mostrou o seu verdadeiro rosto anos atrás, quando estava 'apenas bêbado'.", escreveu outro utilizador.

"Tão patriótico, Mel Gibson, um homem cujo pai deixou os EUA para se mudar para a Austrália, em parte para que os seus filhos evitassem servir no Vietname, a saudar militarmente Donald Trump, um homem cujo pai pagou a um médico para escrever uma desculpa para treta pela que ele não tivesse que lutar nessa mesma guerra.", escreveu "Betty Bowers", a personagem satírica da comediante canadiana Deven Green.

"Mel Gibson é um lunático negacionista do Holocausto que fez alguns filmes decentes e também um dos filmes mais antissemitas alguma vez estreado na América [A Paixão de Cristo]. Claro que ele apoia o Trump, não sabíamos já disso?", foi outra das reações.

"Vi que o Mel Gibson é uma tendência nas redes sociais. Fiquei a pensar 'Será que ele está outra vez a torturar Jesus?'. Afinal, está mesmo.", escreveu o ator, comediante e comentador político John Fugelsang.

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