Semanas após fim do Club Noir, Lisboa volta a perder mais uma discoteca alternativa. Inaugurado em 2008 no Centro Comercial Imaviz, na zona de Picoas, o Metropolis Club vai fechar no início de fevereiro.

"Mais uma vez, Lisboa fica mais pobre", começa por lamentar o comunicado publicado na página de Facebook do espaço lisboeta.

"É com profundo pesar que anunciamos que o edifício do espaço onde todos os fins de semana nos encontramos para celebrar a vida, o Metropolis Club, foi adquirido por uma multinacional hoteleira e que no dia 1 de fevereiro um sonho já com 12 anos termina", anunciaram os responsáveis numa publicação na rede social.

O Metropolis Club, que aposta em sons alternativos ("industrial, harsh elektro, power elec., post-punk, goth, darkwave, metal, minimal, new wave, indie, 80s"), deixa ainda no ar a possibilidade de mudança para outro local: "Manter-vos-emos ao corrente de todas as evoluções relativas ao futuro do Metropolis Club e desta nossa fraterna viagem que convosco partilhamos e que terá de continuar".

Em 2017, o espaço situado no piso -2 do Imaviz, na Avenida Fontes Pereira de Melo (nº 35), também tinha anunciado o fecho. Na altura, os proprietários frisavam nas redes sociais que "ao longo de nove anos estivemos de corpo e alma neste espaço ao serviço de todos aqueles que procuravam preencher as suas vidas com música diferente, com um modo de vida diferente, com uma cultura diferente".

Em 2020, "a entidade responsável pela aquisição exige a nossa saída sem direito a um tempo plausível", acrescentam os responáveis, lamentando não haver tempo para "uma despedida condigna".

Até dia 1 de fevereiro, a programação do espaço vai manter-se. Esta sexta-feira, dia 24 de janeiro, há a "Metropolis Party" e sábado (25) é noite de "Vanguarda". Na sexta-feira, dia 31 de janeiro, está marcada uma noite de "'90s Vs 00s".

A última festa será a 1 de fevereiro. "Vamos fazer uma festa inesquecível", prometem.

O Centro Comercial Imaviz, inaugurado em 1975, deverá transformar-se num espaço hoteleiro e comercial, depois de ter sido alvo de projetos de recuperação nos últimos anos.