Nos dois espetáculos, dia 30 de maio no Coliseu do Porto e dia 02 de junho no Coliseu dos Recreios, em Lisboa, Mariza vai apresentar o próximo álbum, a editar em março, e que será produzido pelo músico Javier Limón.
Nos dois palcos, além de “possíveis convidados”, a criadora de “Tasco da Mouraria” será acompanhada pelos músicos José Manuel Neto, na guitarra portuguesa, Pedro Jóia, na guitarra clássica, e Yami Aloelela, na viola baixo, segundo informação da sua produtora à agência Lusa.
O CD, ainda sem título e a editar pela Warner Music, contará, entre outras, com composições de Tiago Machado, que assinou “Ó gente da Minha Terra”, “Caravelas” ou “Os Anéis do meu Cabelo”, do repertório da fadista, e ainda de Custódio Castelo, Jorge Fernando (quatro temas) e uma balada de Carolina Deslandes.
Tiago Machado musicou um poema de Mariza, que se estreia como autora, cujo título provisório é “Só”.
De Jorge Fernando, Mariza escolheu, entre outros temas, “Velho Fado” e “Trigueirinha”, para o qual convidou a cantarem consigo Jorge Palma, Tim, Marisa Lins, Mafalda Veiga, Carolina Deslandes e Ricardo Ribeiro. Todos os direitos deste tema revertem para a Casa do Artista, em Lisboa.
No total, o CD conta 14 temas, sendo um deles, “Outro Tempo”, de autoria de Ângelo Freire.
Referindo-se ao álbum, em declarações à Lusa, em junho, Mariza afirmou: “Isto é o que sinto vontade de fazer neste momento, e só consigo funcionar assim”.
O novo álbum, que chegou a estar previsto intitular-se “Fado Bailado”, sucederá ao álbum “Mundo”, editado em outubro de 2015, e que marcou o regresso de Mariza a estúdio, cinco anos depois de “Fado Tradicional” (2010).
Mariza estreou-se discograficamente em 2001 com o álbum "Fado em Mim", no qual gravou temas de Tiago Machado e Jorge Fernando, e resgatou do repertório fadista "Loucura", "Maria Lisboa" e "Há Festa na Mouraria", entre outros.
Em novembro, justificando a distinção de Mariza como Mestre da Música Mediterrânica, em comunicado, a Universidade de Berklee, afirmou que Mariza “está a redefinir o fado, a música folclórica urbana que deu voz aos problemas de Lisboa nos últimos dois séculos”.
Com uma carreira de 15 anos, "Mariza é a mais importante cantora de fado de sempre", afirmou em comunicado enviado à agência Lusa Javier Limón, diretor artístico do Instituto de Música do Mediterrâneo de Berklee acrescentando: "Na verdade, ela é a cantora mais importante viva em Portugal".
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