Graça Fonseca, que esteve no encerramento da Why Portugal Music Conference, considerou que "Portugal é um país rico em talento, história, criadores e programadores, mas é um país pequeno, pela sua geografia". Por isso é "muito importante conseguirmos abrir novos mercados e conseguirmos perceber que a cultura tem de ser atravessada por lógicas de posicionamento internacional".
"Se conseguirmos posicionar [internacionalmente] os nossos criadores e artistas, isso tem impacto económico para os próprios e também para o país", sublinhou a ministra, defendendo que "o apoio à abertura de outros mercados e de outros públicos a autores e criadores portugueses é absolutamente decisivo e fundamental para a forma como posicionamos as indústrias culturais".
No culminar do encontro que reuniu diversos agentes nacionais ligados à música, ao longo de dois dias de discussão sobre a internacionalização do setor, Graça Fonseca enalteceu o trabalho da associação Why Portugal, que visa a promoção da exportação musical portuguesa.
"É fundamental, cada vez mais, perceber os cruzamentos que existem entre a economia e a cultura e a cultura e a economia. A forma com a Why Portugal o tem feito é muito profissional e empreendedora. Não há muitos projetos em Portugal, nomeadamente na área da cultura, que consigam estes resultados num tão curto espaço de tempo".
A ministra da Cultura enalteceu ainda o facto da associação estar "fora de Lisboa" e de ter uma prática "tão extraordinariamente empreendedora", estendendo o elogio "à qualidade dos nossos artistas", que se "não fosse tão extraordinariamente boa, provavelmente a Why Portugal não tinha matéria prima para conseguir tão bons resultados em tão pouco tempo".
"Espero que continuem a crescer com até agora, Portugal agradece", terminou Graça Fonseca, deixando "um desafio".
"Que em 2019 encontremos um projeto, um momento, algo que possamos fazer em conjunto, entre a Why Portugal e o Ministério da Cultura. Esta é uma área que queremos trazer para a intervenção em política pública de cultura. As indústrias criativas são inescapáveis ao que deve ser uma política pública de cultura e a música é um 'player' fundamental".
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