"Road To Extinction" é não só o nome da nova digressão dos Moonspell como o título do novo documentário do grupo, a que assistimos na passada quarta feira, dia 25 de fevereiro, na antestreia no cinema de São Jorge, em Lisboa. Uma ligação direta com o novo álbum, "Extinct", com lançamento mundial para dia 6 de março. 

Moonspell

Fernando Ribeiro, vocalista e líder da banda portuguesa, foi aquele que esteve presente a tempo e horas desde o início, tendo aparecido ao microfone para gerar pressão sobre os seus colegas que, um por um, rapidamente começaram a surgir numa sala já repleta de fãs, bem como algumas caras conhecidas, e familiares para os artistas, como foi o caso da cantora Sónia Tavares (a cara metade de Fernando Ribeiro).

Todos os elementos estiveram presentes para a antestreia deste documentário realizado por Victor Castro. O realizador aproveitou para falar do filme, explicando que mal foi editado e que nunca fez um único apontamento para o guiar.

Introduções feitas, foi com algumas reticências que assistimos aos primeiros momentos deste novo projeto, onde podíamos ver a rotina da banda em terras lusas e em estúdio, cuja única ressalva que nos fez acordar foi o segredo de uma carreira de mais de 20 anos revelado por Fernando Ribeiro: uma lancheira.

Contudo, e apesar de ter sido um arranque demorado, tudo se tornou mais interessante com a passagem dos Moonspell para a Suécia ou, mais precisamente, para o Fascination Street Studio, entre Estocolmo e Orebro. Foi nesta transição que todo o ambiente na sala do cinema de São Jorge se alterou, desde risos com a "sorte" com takes perfeitos de Ricardo Amorim, a momentos de silêncio onde alguns excertos do novo álbum "Extinct" eram apreciados pelos admiradores da banda.

Ainda assim, e por muito que a banda em si seja o centro de todo o documentário, não podemos deixar de referir que o título do mesmo está associado à palavra 'extinção', que os Moonspell tanto referem ao longo destes oitenta minutos de filmagens como algo desolador e sem controlo, desviando o tema para outras direções como os problemas da biodiversidade, ou casos mais concretos como a extinção do lobo ibérico.

Em suma, um trabalho bem conseguido e bastante profundo, a todos os níveis, fotografado quase sempre a preto e branco (foram raríssimos os momentos a cores). Um pequeno aperitivo para aguçar o paladar para o novo álbum prestes a ser lançado, que promete surpreender até os mais céticos.