O corpo de Júlio Conrado vai estar em câmara ardente a partir das 9h30 de segunda-feira, na capela mortuária da igreja de Santo António do Estoril, seguindo o funeral, pelas 17h30, para o Centro Funerário de Alcabideche, em Cascais.

Bancário de profissão, Júlio Conrado começou cedo a dedicar-se à escrita, sobretudo à crítica literária.

Integrou o corpo redatorial do jornal A Nossa Terra e, depois, o do Jornal da Costa do Sol, no qual dinamizou a página de crítica literária Texto e Diálogo, tendo vindo a ser diretor do jornal, por pouco tempo.

Nascido a 26 de novembro de 1936, em Olhão, Júlio Conrado foi viver para Carcavelos aos três anos.

Integrou várias entidades de índole literária como a Associação Portuguesa de Escritores, o Pen Club Português, o Centro Português da Associação Internacional dos Críticos Literários e a Associação Portuguesa dos Críticos Literários.

Após a aposentação, foi convidado para colaborar, como diretor executivo, na Fundação D. Luís I, onde coordenou a revista de cultura e pensamento Boca do Inferno.

Das dezoito obras publicadas, constam "As pessoas de minha casa", "Era a Revolução", "Barbershop", "O corno de oiro", "O deserto habitado", "Turbulência na academia do amor", "Gente do metro", "Maldito entre as mulheres", "De mãos no fogo" e "Desaparecido no Salon du Livre".

Reuniu as suas críticas em "Olhar a escrita" (1987) e "De tempos a tempos" (2008), com que comemorou 45 anos de vida literária.

Escritor e crítico literário, publicou o primeiro livro em 1963 e o primeiro ensaio literário na imprensa de âmbito nacional em 1965.

Tem colaboração dispersa no Jornal de Notícias, Diário de Lisboa, O Século, A Capital e República.

Durante vários anos assegurou o balanço literário no jornal O Século.

Exerceu crítica literária na Vida Mundial, no Diário Popular, no Jornal de Letras e na revista Colóquio Letras.