Pedro Gonçalves, contrabaixista que fundou com o guitarrista Tó Trips os Dead Combo em 2003, morreu este sábado, dia 4 de dezembro. A notícia foi confirmada pelo manager da banda, José Morais, à agência Lusa.

O contrabaixista morreu em casa, em consequência de um cancro que já tinha motivado um cancelamento recente de uma série de concertos de despedida dos Dead Combo.

No início de novembro, a dupla cancelou os 15 concertos previstos para o final do ano, que encerrariam a digressão de despedida dos palcos. A decisão de cancelamento foi divulgada em comunicado nas redes sociais, por problemas de saúde do contrabaixista.

À Lusa, José Morais, da Produtores Associados, explicou que os Dead Combo tinham 15 concertos marcados em novembro e dezembro, todos cancelados.

dead combo

Tó Trips e Pedro Gonçalves anunciaram a 1 de outubro de 2019 que os Dead Combo iriam acabar, não sem antes fazerem "um passeio pela [sua] história", numa digressão pelo país que se estenderia por 2020.

"Decidimos acabar, mas acabar em grande. Não é um final triste, há muita coisa para ser celebrada. De uma forma concreta, acabamos como começámos: os dois. Voltamos aos palcos com uma ‘tour’, num passeio pela nossa história", afirmavam em 2019.

Muitos dos concertos de despedida foram afetados pela pandemia da COVID-19 e remarcados para outras datas, nomeadamente as que se realizariam agora em novembro e dezembro.

Os Dead Combo surgiram em 2003, com Pedro Gonçalves e Tó Trips a criarem composições instrumentais marcadas pelo rock, pelos blues, pela tradição da música portuguesa e com influências que se estendem a África e à América Latina.

Os dois músicos referem-se ao projeto como "uma descoberta, uma grande amizade, um diálogo musical".

Digressão de despedida dos Dead Combo arranca em dezembro em Lisboa

No virar do século, Pedro Gonçalves e Tó Trips estavam em paralelos distintos da música independente, um no jazz e outro no rock. Cruzaram-se no final de um concerto do músico Howe Gelb, em Lisboa, e pouco depois estavam a ensaiar.

Em 2003 gravaram uma música, "Paredes Ambience", para uma compilação dedicada a Carlos Paredes e perceberam que tinham afinidades. O disco de estreia chegou em 2004.

Ao longo da carreira, a banda gravou os discos "Vol. I" (2004), "Vol. II - Quando a Alma não é Pequena" (2006), "Guitars From Nothing" (2007), "Lusitânia Playboys" (2008), "Lisboa Mulata" (2011), "A Bunch of Meninos" (2014), "Dead Combo e as Cordas da Má Fama" (2016) e "Odeon Hotel" (2018).

Os Dead Combo gravaram ainda dois álbuns ao vivo - "Live Hot Clube" (2009) e "Live at Teatro São Luiz" (2014).

No Spotify, somam cerca de 43 mil ouvintes mensais. "Esse Olhar Que Era Só Teu", "Lisboa Mulata", "Anadamastor", "Cuba 1970" e "Deus Que Me Dê Grana" são os temas mais ouvidos no serviço de streaming.

De acordo com o top das cidades de origem dos ouvintes dos Dead Combo no Spotify, além de Lisboa e Porto, o grupo conta com seguidores fiéis em Istambul, Amesterdão e Ankara,

DEAD COMBO - "ESSE OLHAR QUE ERA SÓ TEU" (AO VIVO NO SAPO):

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