O programa inaugural deste ciclo é preenchido por obras dos séculos XVI ao XVIII, que se relacionam com a temática da “Paixão de Cristo”, “sem esquecer a figura incontornável de Johann Sebastian Bach, sublinhando este período que anuncia a Páscoa”, segundo comunicado da organização.
A edição deste ano tem previsto oito concertos e, João Vaz, titular do órgão histórico de S. Vicente de Fora, volta a tocar no concerto de encerramento, no dia 7 de dezembro, com a Schola Cantorum da Catedral de Santarém, sob a direção de Pedro Rollin Rodrigues.
O barítono Manuel Rebelo concluiu o Curso de Canto do Conservatório Nacional de Lisboa, sob a orientação de Rute Dutra, com a classificação máxima, e é diplomado em Formação Musical, pela Escola Superior de Música de Lisboa.
Além do Coro Gulbenkian, o barítono faz parte do Chapella Patriarcal e dos Tetvocal, em 2002. Em 2006 estreou-se na ópera, sob a direção de Lawrence Foster. Em 2012, Manuel Rebelo estrou-se discografiacmente, a solo, em "Voice n’Drum".
Atualmente colabora com a fundação Calouste Gulbenkian e com o Teatro Nacional de S. Carlos, assim como com projetos de músicos como João Gil e Vitorino.
Ao concerto de abril, segue-se, a 11 de maio, uma atuação da classe de órgão da Escola Superior de Música de Lisboa (ESML), que vai apresentar “Messe des Couvents”, de Françpos Couperin, compositor de quem se assinalam os 350 anos da morte.
François Couperin publicou entre 1689 e 1690 as “Pièces d'orgue consistantes en deux messes”, a sua única obra destinada a órgão. “Este livro contém duas missas, uma destinada às paróquias e outra aos conventos”.
No ano passado, a programação do ciclo incluiu a classe de órgão da ESML, tendo-se apresentado, também em maio, os músicos Daniel Sousa, Maria Moura, Frederico Costa e Maria João Abreu.
No dia 8 de junho toca João Paulo Janeiro, que, em 2017, protagonizou a estreia moderna, com instrumentos de época, do "Requiem à Memória de Camões", de João Domingos Bomtempo.
João Paulo Janeiro tem realizado iniciativas de difusão de instrumentos históricos de tecla e de interpretação historicamente informada, dirigido ‘masterclasses’ de cravo, baixo contínuo e orquestra barroca, em Portugal e Itália.
No dia 13 de julho, tocam os organistas francês Michel Bouvard e japonesa Yasuko Uyama, com um “programa a anunciar”.
Também com programa por definir, estão previstos os recitais do espanhol Juan de la Rubia, no dia 14 de setembro, de Daniel Ribeiro, no dia 12 de outubro, e o do organista alemão Josef Miltschitzky, no dia 9 de novembro.
O Órgão Histórico da Igreja de S. Vicente de Fora foi construído em 1765, por João Fontanes de Maqueira, como nele está inscrito, e foi restaurado, em 1994, pelos organeiros Christine Vetter e Claudio Rainolter.
O órgão, com “mais de três mil tubos, distribuídos por dois teclados e 60 meios Registos”, é “um dos maiores instrumentos históricos de Portugal e um dos mais bem preservados do património organístico português”, segundo a organização.
A direção artística deste ciclo é de João Vaz, professor da Escola Superior de Música de Lisboa, responsável pela programação do Festival de Órgão da Madeira e dos concertos de órgão na Basílica de Nossa Senhoar e Santo António, em Mafra, e foi também consultor para diversos restauros de órgãos históricos.
Recentemente foi o responsável por uma nova edição das “Flores de Música”, do compositor e organista português Manuel Rodrigues Coelho, a mais antiga partitura instrumental impressa em Portugal, há quase 400 anos.
No ano passado, assitiram ao ciclo de órgão de S. Vicente de Fora cerca de 6.000 pessoas, segundo dados da organização.
Comentários