De acordo com a FNSTFPS, a greve visa "exigir do Governo o fim da precariedade e o pagamento do trabalho extraordinário de forma condigna”, acrescentando que "a persistente falta de pessoal tem agravado as condições de trabalho nos museus, palácios e sítios arqueológicos".

Por seu turno, a DGPC reagiu à marcação da greve declarando que respeita o direito à greve dos trabalhadores dos museus, mas espera que a Noite dos Museus, marcada para sábado, decorra "com a normalidade desejada”.

Na terça-feira, na audição parlamentar do ministro da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes, o governante anunciou ter chegado a um acordo com o apoio do Ministério das Finanças, para que sejam prolongados os contratos dos "mais de cem funcionários dos museus", que estavam em risco de dispensa.

Na Noite Europeia dos Museus há programas culturais previstos de norte a sul do país, nas instituições da tutela da DGPC, que têm entrada livre, a partir das 18:00.

Em Lisboa, a DGPC disponibiliza um circuito de transporte gratuito com circulação a partir do Marquês de Pombal, cada 15 minutos, que irá transportar os visitantes entre vários museus, como o Museu do Chiado, do Azulejo, de Etnologia, dos Coches, de Arqueologia, da Música, do Traje, do Teatro e o Palácio Nacional da Ajuda, entre outros.

Em Vila Franca de Xira, o Museu do Neo-Realismo promove, às 21:00, visitas ao Largo dos Combatentes da Grande Guerra e ao Cais da Goma, guiadas pelo diretor, professor António Pedro Pita, e, em Guimarães, o Museu de Alberto Sampaio inicia, às 22:00, uma visita às suas coleções, que incluem 12 tesouros nacionais.

No Museu Municipal de Faro é apresentada, a partir das 21:30, uma encenação intitulada "O saco do homem do saque", a propósito dos 420 anos sobre os ataques das tropas inglesas à cidade.