Brad Pitt acusou a ex-mulher Angelina Jolie de tentar "provocar danos" ao vender a sua participação de 50% na propriedade vinícola francesa do casal a um oligarca russo com "associações e intenções tóxicas".

As acusações, feitas em novos documentos entregues à Justiça no âmbito do processo de Pitt contra Angelina pela venda do Chateau Miraval, são o mais recente evento espinhoso na amarga batalha legal do ex-casal de Hollywood, que iniciou o seu divórcio em 2016.

Em outubro, Angelina Jolie vendeu a sua participação na propriedade, onde o casal se casou, à Tenute del Mondo, subsidiária do conglomerado de bebidas Group Stoli, do milionário russo Yuri Shefler. Brad Pitt processou-a em fevereiro, afirmando que o casal havia chegado a um acordo para um não vender a sua parte sem o consentimento do outro.

Numa adenda ao processo, à qual a France-Presse (AFP) teve acesso, os advogados do ator argumentam que "Jolie procurava provocar danos a Pitt" com a venda. Shefler é descrito como "um estranho com associações e intenções tóxicas".

O documento que um tribunal de Los Angeles recebeu na última sexta-feira alega que Shefler "tem relações pessoais e profissionais com pessoas do círculo íntimo de Vladimir Putin".

“Desde que a invasão da Ucrânia à Rússia começou, em fevereiro de 2022, a seguradora Chateau Miraval procura garantias de que Shefler não está alinhado com Putin e que a sua afiliação ao grupo Stoli não irá gerar um risco comercial”, diz.

Shefler, cujo Grupo Stoli tem sede na Letónia, tem sido um crítico de Putin.

"Sou um exilado russo desde 2002, devido à minha oposição a Putin", ressaltou o milionário em março de 2022.

"Apesar da tentativa desesperada de Shefler de separar a sua imagem do regime de Putin, a marca Stoli é atualmente uma enorme responsabilidade internacional", afirmam os argumentos judiciais mais recentes de Pitt. "A vodka Stoli é sinónimo de Rússia."

A denúncia inclui o príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman na alegada "rede de sócios profissionais de má reputação" de Shefler, que "ameaça com um dano duradouro a reputação da Miraval".

O Grupo Stoli não respondeu ao contacto feito pela AFP. Uma fonte que acompanha o caso disse à AFP que Jolie decidiu vender a sua parte da propriedade porque nem ela nem os seus filhos "puderam regressar" ao Chateau Miraval, e que a atriz fez várias ofertas ao ex-marido antes de fechar negócio com Shefler.

Segundo a fonte, o processo de Pitt "faz parte de uma narrativa falsa e a verdade ainda não veio à tona".

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