“Fausto, tragédia subjetiva” foi publicado pela primeira vez em 1988, pela Presença, numa edição de Teresa Sobral Cunha, com prefácio de Eduardo Lourenço, a mesma edição que, em 2013, a Relógio d’Água voltou a pôr nas livrarias.

Agora, a Tinta-da-China publica uma nova edição, a primeira com aparato crítico, que “liberta o Fausto da pretensão de uma unidade não atingida”, apresentando a obra como um “novo” livro de poemas “sobre a busca incessante do conhecimento e seus abismos”.

“Lá Fora”, um conjunto de crónicas de Pedro Mexia, com prefácio de António Mega Ferreira, e a “Brevíssima História de Portugal”, A. H. de Oliveira Marques, em inglês e em francês, depois da edição em português deste clássico da historiografia, são outras das novidades da editora para este mês.

A Cotovia vai lançar a “Poesia Reunida”, de Manuel Resende, que engloba os anteriores livros do poeta, bem como um conjunto de inéditos.

Pela mesma editora sai “Teatro 5”, de Bertolt Brecht, que contém as peças “A vida de Galileu”, “Dansen”, “Quanto custa o ferro?”, “Ti Coragem e os seus filhos”, “A condenação de Lúculo” e “A boa alma de Sichuan”.

A Relógio d’Água publica “A China em dez palavras”, do chinês Yu Hua, de que foi publicado no ano passado “Crónica de um vendedor de sangue”, assim como prossegue a publicação da obra de Agustina Bessa-Luís, com “O Manto”, prefaciado por João Miguel Fernandes Jorge, e “Os Meninos de Ouro”, com prefácio de Pedro Mexia.

“Com Esta Chuva”, de Annemarie Schwarzenbach, uma nova edição de “Grandes Esperanças”, de Charles Dickens, traduzida por Frederico Pedreira, e “O Sonho de Bruno”, da irlandesa Iris Murdoch, autora de “O mar, o mar”, romance com que venceu o Booker Prize, são outras das novidades da editora para este mês.

A Quetzal lança um livro que reúne uma série de conferências inéditas dadas por Jorge Luis Borges em 1965 sobre o tango, cujas gravações foram recentemente descobertas, bem como um livro de viagens pelo sul da América, de Paul Theroux, intitulado “Sul Profundo”, e “O Paraíso e outros infernos”, de José Eduardo Agualusa, livro que aborda temas variados, como a literatura portuguesa, uma frase de Borges, a situação política em Angola, a teoria dos sonhos, a beleza da Ilha de Moçambique ou a herança portuguesa no Brasil.

Pela Livros do Brasil chegam às livrarias “Um Crime em Glenlitten” de E. Phillips Oppenheim, na coleção Vampiro, e “Um diário russo”, relato da viagem que John Steinbeck fez pela Rússia do pós-Segunda Grande Guerra, com fotografias de Robert Capa, na Coleção Dois Mundos.

No final do mês, a Assírio e Alvim publica Poemas Escolhidos de William Wordsworth, e “Varanda de Inverno”, de Marta Chaves.

A Porto Editora começa o mês com uma nova obra de Mário de Carvalho, “Burgueses somos nós todos ou ainda menos”, e prossegue com “O Caderno”, de José Saramago, textos escritos pelo Nobel entre setembro de 2008 e março de 2009.

A Guerra e Paz publica “Cabinda: Um território em disputa”, um conjunto de ensaios de oito autores, organizados pelo jornalista e ativista angolano Sedrik de Carvalho, que apresenta vários ângulos sobre o mesmo assunto – a questão de Cabinda.

Também na área da não-ficção, a Guerra e Paz lança “O que escreveram os autores”, um livro que reúne textos de várias personalidades da cultura portuguesa, originalmente publicados na revista “Autores”, uma publicação da Sociedade Portuguesa de Autores (SPA), que refletem sobre temas como o teatro, a música, a dança, a arte, a censura, a imprensa ou a condição do escritor.

A mesma editora vai publicar ainda três clássicos da literatura: “Drácula”, de Bram Stoker, na coleção juvenil “Os livros estão loucos”, “O Alienista”, de Machado de Assis, e “A Letra Escarlate”, de Nataniel Hawthorne.

A Alfaguara vai editar “Tu não és como as outras mães”, da escritora alemã Angelika Schrobsdorff, uma história real inspirada na sua mãe, amplamente elogiado pela crítica internacional e vencedor do Prémio Livro do Ano, do Grémio dos Livreiros de Madrid.

A Companhia das Letras publica “Relato de um certo Oriente”, do autor brasileiro Miltom Hatoum - de quem já publicou anteriormente “Dois irmãos” -, um livro “entre o Oriente e o Amazonas”, que é um “relato da procura de um mundo perdido, como perdidos estão sempre os lugares das nossas recordações”, adianta a editora.

Na editora 2020 vai sair “O Gato, o Ankou e o Maori”, de Michel Rio, e “A Devastidão do Silêncio”, de João Reis, ambos pela Elsinore.

A Cavalo de Ferro lança “A Mente Aprisionada”, do Nobel da Literatura Czeslaw Milosz, e “A Língua Resgatada, de Elias Canetti, o primeiro de três volumes da autobiografia do escritor búlgaro-inglês, também vencedor do Nobel, cujas obras têm vindo a ser publicadas nesta editora.

Entre as novidades editoriais da D. Quixote para o mês de Abril, contam-se “Maio de 68, uma Contrarrevolução Conseguida”, do francês Régis Debray, e “A Ordem do Dia”, de Éric Vuillard, Prémio Goncourt 2017.

Ainda na D. Quixote, vão sair “Memórias Secretas”, de Mário Cláudio, “Florinhas de Soror Nada - A vida de uma não-santa”, de Luísa Costa Gomes, “O Fogo Será a Tua Casa”, de Nuno Camarneiro, “A Casa Golden”, o novo romance de Salman Rushdie, e “Autobiografias Alheias”, de Antonio Tabucchi, cujos seis anos da morte estão a ser assinalados pela Gulbenkian, numa série de iniciativas a decorrer até dia 07 de maio.