O novo disco de Jibóia, intitulado “Masala”, sai a 8 de fevereiro e é um “disco mais sombrio”, em que até as músicas de festa são de “uma festa que, se calhar, vai acabar mal”, segundo o próprio autor.
Com colaboração de Ricardo Martins, na bateria, e produção de Jonathan Saldanha (dos HHY & The Macumbas), “Masala” é uma tentativa de “descentralizar aquela coisa da música do Médio Oriente - ou indiana ou seja o que for - e abri-la no globo, e daí os nomes das músicas que são nomes de cidades de vários continentes, e não só desta parte com que a música de Jibóia costuma estar mais vinculada”, disse à Lusa Óscar Silva, autor do projeto.
“O Jonathan foi puxar uma aura mais negra que o disco também tem, não só pelos trabalhos [em que] ele costuma estar envolvido, mas acho que foi uma mistura interessante entre o tal analógico da bateria (…), misturado com aquele negro do Jonathan. Ficou um disco mais sombrio. Não quer dizer que seja um disco totalmente negro, [mas] mesmo as músicas que são mais de festa, é uma festa que se calhar vai acabar mal”, explicou Óscar Silva, a rir-se.
Agora sem Ana Miró, o processo de composição foi “um bocado diferente” de “Badlav”: “Assim que desafiei o Ricardo para se juntar, ficámos logo muito entusiasmados e fizemos o disco muito rapidamente em um ou dois meses”.
Descrito no comunicado do lançamento do disco, editado pela Lovers & Lollypops, como “Prince of Persia em ácido”, o mentor do projeto decidiu manter a descrição por não ter conseguido encontrar “um género mais divertido e melhor do que esse”, mas ressalvou: “É um ácido que pode não correr muito bem.”
Com apresentações agendadas para a Galeria Zé Dos Bois, em Lisboa, no dia 12 de fevereiro, e no Rivoli Teatro Municipal, no Porto, no dia seguinte, Óscar Silva diz que “a ideia é abrir os horizontes” e tocar em espaços mais virados para o rock, em vez de estar limitado apenas a salas viradas para a eletrónica como aconteceu com o álbum de estreia.
Sobre o concerto no Porto, Óscar Silva lamenta que não seja possível concretizar a participação “em uma ou duas músicas” de Jonathan Saldanha, que vai estar em Bruxelas nessa data, mas garante que “ficou bem assente que tem de ser feito noutra altura”.
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