O espetáculo, quinze anos depois da última atuação do fadista, em nome próprio, no palco das Portas de Santo Antão, está agendado para o dia 19 de abril, e tem previsto a participação dos músicos brasileiros Luiz Caldas, que participou no disco “Belmonte Em Cantos Mil”, e Saulo Fernandes, autor do tema “Raiz de Todo o Bem”, que faz parte do alinhamento do disco, e ainda do fadista Artur Batalha, de 66 anos, que venceu a Grande Noite do Fado, em Lisboa, em 1971, e do seu irmão Mico, que canta há 30 anos.

Nuno da Câmara Pereira irá partilhar ainda o palco com os músicos Custódio Castelo e Fernando Silva, na guitarra portuguesa, que consigo gravaram os dois mais recentes álbuns, e ainda Carlos Garcia e Carlos Velez, na viola, Fernando Calado “Nani”, na viola baixo, José Liaça, no piano e teclas, e Tiago Pereira, na percussão.

O fadista tem feito parceria com Custódio Castelo, guitarrista distinguido em 2010 com um Prémio Amália, que musicou as letras "Ao Meu Amigo Sincero" e "Papoilas ao Vento”, de autoria de Nuno da Câmara Pereira, e também o poema "Eu não te amo, quero-te", de Almeida Garrett, que o fadista gravou no álbum “Lusitânia”.

Sobre este álbum, em declarações à agência Lusa, em 2009, o fadista afirmou que visava "mostrar o brio de ser português" e como "a nossa cultura se mistura com outras", sendo também uma homenagem ao poeta e cantor Artur Ribeiro.

De Artur Ribeiro, gravou os temas "Fado Rock", com música de António Rebocho, e "Cha, cha, cha p'ra namorar", musicado por João Vasconcelos.

"Fez sempre parte do fado fazer do antigo novo. Não faz sentido progredir no fado sem encontrar novos sons para músicas antigas", argumentou, então, o artista, que já foi deputado à Assembleia da República, no grupo parlamentar do PSD, e presidiu ao PPM.

Sobre o concerto, fonte da produção adiantou à Lusa que “não irão faltar os temas conhecidos de Nuno da Câmara Pereira, assim como os temas do seu último álbum ‘Belmonte Em Cantos Mil’, designadamente ‘Os Argonautas’, ‘Raiz de Todo o Bem’, ‘Saudade da Bahia’, e ‘É Doce Morrer no Mar’”.

Nuno da Câmara Pereira, de 66 anos, gravou o seu primeiro álbum, "Mar português", em 1987. Até hoje editou nove álbuns, tendo-se estreado como autor em 2007, no álbum, "Sonho menino".