Depois da morte de George Floyd, nos Estados Unidos, artistas, editoras, rádios e serviços de streaming de música juntaram-se no movimento "The Show Must Be Paused" ("o espetáculo tem de ser interrompido"), marcado para esta terça-feira, dia 2 de junho.

Nos Estados Unidos, várias rádios vão interromper a transmissão num sinal de protesto contra a discriminação racial. O Spotify também se juntou ao protesto silencioso, anunciando que irá lutar "contra as injustiças e as desigualdades" com "várias atividades dentro e fora da plataforma".

Nas redes sociais, várias editoras, como a Warner Music, Universal Music, Sony Music ou a Capitol Records também se juntaram ao movimento cujo o mote é "desligar-se do trabalho e reconectar-se com a comunidade".

"É uma ação necessária de forma a promover responsabilidade e mudança", pode ler-se na mensagem partilhada por várias empresas do mundo da música. "Como guardiões da cultura, é a nossa responsabilidade juntarmo-nos não só para celebrar as nossas vitórias mas também para nos apoiarmos nas derrotas", acrescenta o comunicado.

Veja alguns dos posts:

George Floyd, um afro-americano de 46 anos, morreu na noite de segunda-feira em Minneapolis, após uma intervenção policial violenta, cujas imagens em vídeo foram divulgadas através da internet.

Floyd foi detido por suspeita de ter tentado pagar com uma nota falsa de 20 dólares num supermercado.

No vídeo divulgado nas redes sociais, é possível ver um dos polícias, entretanto acusado de homicídio negligente, a pressionar o pescoço de Floyd com o joelho durante vários minutos, apesar de este ter dito que não conseguia respirar.

Desde então, várias cidades norte-americanas, incluindo Washington e Nova Iorque, têm sido palco de manifestações, com os protestos a resultarem frequentemente em confrontos com a polícia.