Depois do S. Pedro, a Afurada em Vila Nova de Gaia mentaliza-se para receber o maior festival nortenho, o MEO Marés Vivas. São três dias de grandes concertos mesmo à beirinha do Douro.

joss stone

Os tripeiros costumam dizer que o melhor de Gaia é ver o Porto, mas durante o MEO Marés Vivas todos querem é ver os concertos na Praia do Cabedelo. São três palcos com um pouco de tudo, o que agrada a gregos, troianos, tripeiros e mouros.

No primeiro dia é bom que levem um lencinho vermelho no pulso, como o de Tim. Os Xutos & Pontapés estão de volta ao Marés Vivas e são os homens do leme no dia que conta com Skindred ao final da tarde, Mondestep e, a fechar a noite,  os Prodigy, que já conhecem a casa.

Quem também já navegou por estas marés foram os James que trazem a bordo um novo disco ("Le Petite Mort"), mas prometem remar pelos sucessos como "Sometimes", "Sit Down" ou "Getting Away With It (All Messed Up)". Antes da banda de Tim Booth subir ao palco MEO, no segundo dia de Marés por hora do crepúsculo, atuam os portugueses Clã com Ana Moura e logo depois James Arthur, vencedor do X Factor do Reino Unido - basicamente é um dos Bergs de Isabel II. 

Depois destes concertos no palco principal, é bom que os festivaleiros ainda tenham energia para criar ondas de loucura com Sonny John Moore, que é como quem diz Skrillex - que vai abanar as 7 pontes que ligam o Porto a Gaia.

No último dia, "better not stop". A fazer as honras da casa, os We Trust são os primeiros a agitar a maré, que continuará na língua de Camões com os The Gift. Logo depois, e provavelmente com Gaia já na cabeça, o barco fica nas mãos de uma mulher, e que mulher: Beth Gibbons, dos Portishead.

A fechar o MEO Marés Vivas 2014, Joss Stone irá deixar bem claro que todos temos o direito de errar ("Right To Be Wrong")... e de desafinar, porque o importante é mesmo a diversão. Provavelmente a maré ficará cheia quando a cantora vencedora de um Grammy (tal como Carlos do Carmo, também não recebeu felicitações de Cavaco) passear pelos seus sucessos e arrancar algumas lágrimas aos festivaleiros que choram a ver o Alta Definição ou a Culpa é das Estrelas.

Mas durante três dias há mais para ver e ouvir no MEO Marés Vivas - e se perderem os concertos do Palco Santa Casa a culpa não é das estrelas porque  ao final da tarde só há sol. Por isso anotem já: Capitão Fausto e The Lazy Faithful (dia 17); Plaza e João Só (dia 18); Black Mamba e Mini Cat (dia 19).

Como é "Impossible" perder o MEO Marés Vivas, o SAPO On The Hop vai até ao Cabedelo agitar as marés.