Com o subtítulo "Planos para um futuro comum", o livro apresenta um pai, uma filha e a pergunta “o que vamos construir, tu e eu?”, desvendando-se nas páginas seguintes, passo a passo e num texto em rima, o que ambos precisam para viver.

Oliver Jeffers, 43 anos, escreveu este livro para a filha mais nova, Mari, - ambos aparecem retratados como protagonistas -, mas com uma abordagem humanista que permite uma aproximação a todos os leitores, adultos e crianças.

"O que vamos construir", no qual Jeffers elabora sobre empatia e imaginação, surge dois anos depois de Oliver Jeffers ter feito o livro "Aqui estamos nós", uma ode ilustrada sobre o planeta Terra, uma espécie de boas-vindas ao mundo, quando nasceu o primeiro filho do autor.

"Eu vou educar uma filha a pensar num mundo que, quero acreditar, não será apenas dos homens", afirmou Oliver Jeffers em entrevista este mês ao jornal britânico The Guardian, explicando que "Aqui estamos nós" é um livro sobre compreender o mundo e que "O que vamos construir" talvez seja sobre tentar mudá-lo.

Oliver Jeffers nasceu na Austrália em 1977 e cresceu numa conturbada e conflituosa Belfast, na Irlanda do Norte. Mudou-se para os Estado Unidos, onde consolidou uma carreira internacional nas artes visuais, e recentemente reinstalou-se na Irlanda do Norte, já em contexto epidémico.

É um dos mais conhecidos e elogiado autores de livros ilustrados da atualidade. O Guardian descreve-o como "colosso das histórias de adormecer", com mais de duas dezenas de obras publicadas, a maioria em nome próprio.

Grande parte das obras de Oliver Jeffers estão já publicadas em Portugal, nomeadamente "Como apanhar uma estrela", a estreia literária do autor, "O incrível rapaz que comia livros", "Era uma vez um alfabeto", "Sobe e desce" e "Perdido e achado".

Em "O que vamos construir" é possível ainda encontrar algumas personagens e elementos do imaginário de Oliver Jeffers, como um polvo, um pinguim e um navio.

Segundo a editora Orfeu Negro, em fevereiro sairá o premiado "O destino de Fausto".

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