O prémio, dos mais importantes da área da ficção científica, foi anunciado numa cerimónia em Londres, perante uma audiência de editores, escritores e fãs do género, segundo um comunicado da organização.

“As atitudes da Humanidade em relação à reprodução têm estado na base da ficção científica, pelo menos, desde Frankenstein. ‘Dreams Before The Start of Time’, de Anne Charnock, explora o tema com uma obra intergeracional deliciosamente rica, mas sóbria, que exige uma releitura”, afirmou o presidente do júri, Andrew M. Butler.

Por seu lado, o responsável do prémio, Tom Hunter, disse que se trata de uma vitória “muito merecida para uma escritora cujo tempo definitivamente chegou”.

Charnock, sem livros editados em Portugal, vai receber um troféu em forma de suporte para livros e 2018 libras.

Jornalista de várias publicações britânicas como o The Guardian ou a The New Scientist, Charnock foi correspondente estrangeira em países do Médio Oriente e de África, tendo publicado, em edição de autor, “A Calculated Life”, o seu livro de estreia, que lhe permitiu, pouco depois, assinar um acordo com a editora 47North, que publicou o seu segundo e terceiro livros, tratando-se este último do agora vencedor do prémio Arthur C. Clarke.

Segundo a sinopse, “Dreams Before The Start of Time” (que se traduz, de forma livre, por “Sonhos antes do começo do tempo”) passa-se em Londres, no ano de 2034, num mundo em que a infertilidade foi erradicada e os novos seres humanos são gerados de forma artificial.